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Como Moana me fez ser um pai melhor

Assisti Moana com minha família no começo de janeiro e achamos maravilhoso (fiz uma resenha aqui). Uma animação linda, divertida e muito poderosa!

Dahlia Greenbaum é uma psicoterapeuta e fez um post sobre como a Moana pode ensinar sermos pais melhores.

Depois da imagem segue o texto traduzido e vale lembrar que TEM SPOILERS.

Fui assistir Moana com minha filha e alguns amigos na última semana. Foi divertido, emocionante, como a maioria dos filmes da Disney, mas esta história se destacou para mim. Aqui está o porquê.

Ao final do filme, Moana e o semideus Maui estavam tentando devolver o coração místico para a deusa da ilha Te Fiti. Porém encontraram um monstro de lava terrível impedindo que eles cumprissem a missão.

Primeiro, eles tentam lutar contra o monstro, mas sem sucesso – o monstro só fica mais irritado. Logo, Moana descobre que o monstro aterrorizante é a Deusa da ilha Te Fiti, que se transformou em um monstro de lava feroz porque ela perdeu seu coração.

Então ela faz algo completamente inesperado, mas incrivelmente poderoso e eficaz: Ela permanece forte, calma e sem medo, e diz ao monstro que ela sabe quem realmente ele é.

Este ato de bondade acalma o monstro e inspira-o a mover-se em direção a Moana para recuperar seu coração, transformando assim a ilha amorosa de Te Fiti.

Enquanto eu segurava minha filha com medo no meu colo, fiquei impressionada com a perfeição dessa cena final e como ela serve como uma metáfora para o parentalismo. Em nossas vidas diárias, nossos filhos irão inevitavelmente explodir com raiva. Eles se tornarão irracionais, ferozes e (às vezes) ficam completamente fora de controle – assim como o monstro de lava.

Quando isso acontece, temos uma escolha importante sobre como responder a eles quando “perderam seus corações“. Podemos responder com medo, reprimindo o amor, lutando ou tentando “colocá-los em seu lugar”, tudo numa fútil tentativa de deter sua “lava” emocional. Como você pode imaginar, nenhuma dessas estratégias funcionam e só piora tudo.

Assim como no filme, essas táticas vão fazer com que a “lava” de nossos filhos cresça e se torne mais feroz, e nos sentiremos derrotados, exaustos e, o mais importante, seremos incapazes de encontrar um terreno comum com nossos filhos.

Em vez disso, nossos filhos precisam de nós para fazermos o movimento mais improvável, e entender que sua raiva é um grito de socorro. Eles precisam que sejamos como Moana: amoroso e empático.

Quando eles gritam palavras horríveis, tentam nos machucar, ou simplesmente perdem-se completamente, isso deve sinalizar-nos que eles precisam de nossa força e empatia. Eles precisam de nós para acreditarem em quem eles realmente são, e tomar uma atitude quando eles não conseguem por si próprios.

Todos nós temos um monstro dentro de nós que pode erguer sua cabeça feia quando nos sentimos ameaçados, cansados, com fome ou estamos simplesmente tendo um dia difícil. Devemos ver debaixo dos “monstros” de nossos filhos, e entender o que está acontecendo dentro deles. Quando nossos filhos estão se comportando o pior, talvez eles tenham “perdido seus corações”, e eles precisam de nós para devolvê-lo.

Então, da próxima vez que minha filha tiver um colapso total, vou tentar lembrar dessa cena poderosa, e pensar comigo mesmo, O que Moana faria? E se isso não funcionar, talvez eu tente um número musical – isso também pode funcionar.

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