Aconteceu algo comigo semana passada que me fez pensar como nós somos dependentes de aparelhos eletrônicos. Estava indo para o escritório da Fá e eu ia avisá-la quando estava perto para ela descer. Porém acabou a bateria do meu celular. Ok, poderia ligar pelo celular do taxista e tal, mas eu percebi que não lembrava o número do celular dela!
Lembro que antes do celular eu sabia os números de quase todos os meus amigos. E ainda sei de alguns, pois precisávamos decorar para poder ligar do meio da rua ou até mesmo de casa, sem apelar para o caderninho de telefones. O mais louco é que em muitos casos nem decorávamos os números, e sim a sequência que teclávamos o telefone. Lembram disso?
Hoje todos usam a agenda do telefone celular. Se preciso ligar para a Fá, entro nos favoritos e aperto o nome dela e pronto. Se eu perder o celular, esta tudo na nuvem e recupero todos os dados em 5 segundos e meio. Porém se acabar a bateria e estou em uma emergência, sento no meio-fio e começo a chorar, pois não sei de cabeça NENHUM celular de amigos e familiares.
Estamos mais preguiçosos? Certamente. A comodidade de apertar um botão é mais simples que decorar uma sequência de 09 números. E será que precisamos mesmo ficar decorando números e lotando a nossa cabeça com isso? Bem, se o nosso cérebro fosse igual a um HD, com armazenamento limitado, sim, seria besteira.
Fiz minha lição de casa. Decorei o telefone dos meus irmãos e o da Fá, para que no caso ocorra algo, eu não fique ilhado. E farei isso com o Padawan, pois o mínimo que ele tem de aprender é decorar o número do meu celular.