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Krypto em ‘Superman’ dispara adoções de cães em mais de 500%

Krypto, o supercão de ‘Superman’, está mudando vidas reais

Às vezes, tudo o que um cão precisa é de um pouco de amor. E, às vezes, tudo o que as pessoas precisam é de uma desculpa para dar esse amor. No caso do novo Superman, dirigido por James Gunn, essa desculpa atende pelo nome de Krypto. E ele é mais do que um alívio cômico ou sidekick canino. Ele está influenciando decisões bem reais: adoções de cães dispararam desde a estreia do filme.

Sim, estamos falando de um personagem gerado por computador, mas com um impacto que nenhuma IA pode simular. Krypto é inspirado em Ozu, o cão de verdade que James Gunn adotou durante o processo de escrita do filme. Ozu é um cão resgatado, teimoso, e que deu um certo trabalho para ser educado. A partir daí, nasceu a ideia de um cachorro superpoderoso, mas um pouco arteiro. Foi assim que o supercão entrou na história.

O cinema encontra a realidade: adoções aumentam em 513%

De acordo com dados do app de adestramento Woofz, as buscas por “adotar um cachorro perto de mim” cresceram 513% após o lançamento do filme. Isso não é uma coincidência. É reflexo direto da identificação emocional do público com a história de Krypto.

Outros termos relacionados também explodiram:

A influência foi além da tela: a Warner Bros. fez parceria com a Best Friends Animal Society e cobriu taxas de adoção nos EUA por 10 dias antes da estreia. Durante esse período, mais de 450 pets encontraram novos lares.

Krypto é caos, mas é família

Krypto não é um cão treinado. Ele não sabe seguir comandos. Ele invade o espaço dos outros, se mete onde não deve e, mesmo assim, está sempre ao lado do Superman. E essa é a beleza da coisa: ele representa aqueles cães imperfeitos, cheios de energia, que precisam mais de paciência e de muito amor.

Ozu, o cão real, foi a base para o Krypto digital. Ele foi escaneado, estudado e virou referência para o CGI que aparece no filme. Mas o que mais se transmite é o espírito. Aquela teimosia com afeto. A devoção sem limite. O olhar que diz: “não entendi o que você quer, mas tô contigo até o fim”.

Ozu

Por que isso importa?

Porque num mundo saturado de marketing, fórmulas e mascotes fofinhos, o impacto de Krypto não veio por estratégia, mas por verdade. Um cachorro real virou personagem. O personagem virou símbolo. E o símbolo virou ação: pessoas saíram do cinema e procuraram abrigos de animais.

Esse é o tipo de conexão que mostra o melhor da cultura pop. Aquela que extrapola o entretenimento e vira mudança social. E não é a primeira vez que James Gunn faz isso. Em Guardiões da Galáxia Vol. 3, o diretor já havia sido elogiado por destacar o sofrimento de animais usados em testes laboratoriais.

O poder da representatividade… canina

Não é só sobre Krypto salvar o dia. É sobre ver um cão que se parece com o seu ganhando destaque num blockbuster. É sobre lembrar que os abrigos estão cheios de heróis em potencial, esperando um humano disposto a abrir a porta — e o coração.

E se parte dessas adoções vieram do impulso de ver um cachorro voando e mordendo vilões… ótimo. O importante é o resultado: mais lares, mais resgates, mais finais felizes.


Conclusão

Krypto em Superman é mais do que um acerto de roteiro. Ele é um lembrete de que mesmo personagens criados com tecnologia de ponta podem carregar o que há de mais simples: a chance de transformar o mundo, uma adoção por vez.

Se você saiu do cinema com vontade de ter um Krypto só seu, talvez a única coisa que falte seja uma visita ao abrigo mais próximo.

Fontes:

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