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O que aprendi com a crítica de 1980 de O Império Contra-Ataca

Todos lembram daquela cena final de Ratatouille, onde o crítico gastronômico Ego teve uma lembrança afetiva de quando sua mãe preparava um prato típico camponês, o ratatouille.

Essa lembrança o transformou.

A memória afetiva é forte. Um cheiro, um gosto ou um estimulo visual é uma viagem ao tempo e isso pode determinar se você gosta ou não de algo.

Odiou Batman vs Superman? Pode ser que você criou uma expectativa de quando você leu um gibi na infância e esperava que isso se repetisse. Por isso que toda crítica deve ser lida com certa distância, pois cada pessoa – independente dos seus estudos – tem sua própria vivência sobre algo e isso molda seu paladar, seus gostos e até mesmo suas vontades.

Entenda que críticas, opiniões, não são verdades absolutas e servem para levantar uma discussão e fomentar um diálogo.

Veja essa crítica de O Império Contra-Ataca de 1980 que saiu na finada Revista Manchete:

“A continuar assim, dificilmente a série emplacará o século XXI, como espera o produtor George Lucas. Não tem pique para isso”

Naquela época, o crítico José Haroldo Pereira tinha uma bagagem. Ele vivia em um mundo que não existia o conceito de continuações no cinema, os efeitos especiais eram toscos e quando ficavam bons – no caso da 1ª trilogia Star Wars – o filme custava muito caro.

A crítica dele pode até ter sido correta naquele momento, mas hoje prova-se que estava errada. E pode ser que estejamos fazendo a mesma coisa hoje com nossos textões no Facebook e opiniões na mesa de um bar.

Então Pequenos Gafanhotos, uma dica: não leve críticas e opniões contrárias como ofensas. Como disse, ninguém tem a verdade absoluta. Achou que falei besteira, vamos conversar! Quem sabe um dos lados mude de opinião, pois só quem muda de opinião são aqueles que um dia já tiveram uma.

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