Muitas reportagens, em todo o mundo, estão apontando que o Momo no Youtube Kids não passa de um hoax, uma fake news. Arthur Igreja, professor da FGV e especialista em segurança digital, afirma:
“Não existe um link direto para o suposto vídeo ou imagens da Momo no YouTube Kids. As pessoas estão compartilhando vídeos que receberam pelo WhatsApp.”
Recebi dois vídeos do Momo em grupos de família e vi um no Facebook, postado por uma fanpage materna. Pesquisando um pouco mais, achei evidências que esses vídeos estavam no YouTube, e não no Kids, e muitos dizem que foi criado pela gurizada troll da internet e que acabou se espalhando pelo WhatsApp.
Diante do Momo, o perfil oficial do Youtube soltou o seguinte comunicado:
Por mais fake news / hoax que seja, estou gostando muito da repercussão do Momo, pois o medo é um motivador excelente! Muitos pais e mães, que deixam as telas servirem de babás, estão caindo na real e perceberam que o monitoramento online é primordial.
Enquanto uns 30 anos atrás os pais poderiam olhar para a rua se perguntando onde seus filhos estavam, hoje eles sabem exatamente onde encontrá-los – eles estão dentro da internet. Mas a presença de seus corpos a dois cômodos de distância não é um bálsamo – ao invés de acalmar os medos, acrescenta-lhes novas profundidades. E o Momo nada mais fez que dar um choque nos pais e mães acomodados para que conversem e monitorem no mundo virtual seus filhos e filhas.
Momo é fake news. Ponto. Mas servir para abrir a discussão sobre suicídio, segurança online, monitoramento e muitos outros temas. No final, o Momo foi mais benéfico do que muita palestra paterna/materna que tem por aí.
Aqui tem duas matérias interessantes sobre o Momo: The Guardian e BBC. / Imagens via https://www.shutterstock.com