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Pais com dois filhos estão perdendo a saúde mental, confirma estudo

Criar filhos é complicado. Mesmo. Por mais maravilhoso que seja, tem horas que dá vontade de sair correndo e largar tudo. Muitas vezes queremos ficar sem fazer nada no sofá, mas a demanda nunca acaba.

Porém a raça humana tem um grande poder: adaptação. Rapidamente nos adaptamos nesse novo mundo e as coisas vão se encaixando. Prioridades mudam, aceitamos as mudanças e tudo fica tão maravilhoso que até pensamos em ter outro filho.

Não achem que quem tem um pode ter dois, ok? Só porque temos uma certa experiência isso não significa que ter o segundo filho irá ser mais fácil. Não é. Entramos em uma nova curva de aprendizado que pode ser mais difícil.

Pesquisadores entrevistaram 20.000 australianos ao longo de 16 anos e descobriram que o segundo filho aumenta a pressão e deteriora a saúde mental dos pais.

Os pesquisadores analisaram 16 anos de dados de painel da Pesquisa de Dinâmica de Trabalho, Renda e Trabalho na Austrália, que acompanhou 20.009 pessoas. Eles descobriram que tanto o primeiro como o segundo nascimento aumentaram a pressão dos pais da mesma maneira. Dito isso, os efeitos foram mais significativos para as mães do que para os pais. Mas isso não significa que os pais estão de boa, especialmente quando se trata do segundo filho. Ao olhar para a saúde mental, as mães viram melhora após o nascimento do primeiro filho. Adicione um segundo filho, no entanto, a saúde mental paterna cai.

Esperávamos que a pressão dos pais diminuísse ao longo do tempo“, escrevem os autores. “Infelizmente, quando eles adquiriram mais habilidades ou os filhos entraram na escola, descobrimos que a pressão permaneceu … Os pais com três ou mais não se saem melhor.

O resultado, ainda que frustrante, é que os pais e mães precisam de mais ajuda. Especialmente quando eles começam a adicionar crianças à família. “As mães não podem arcar com as demandas de tempo das crianças sozinhas“, escrevem os autores. “Mesmo quando eles reduzem seu tempo de trabalho para acomodar as demandas das crianças, suas pressões não diminuem. Isso tem consequências importantes para a saúde mental”. E como a condição é crônica, sem evidências de que as crianças amadureçam,“a pressão materna do tempo deve se tornar uma das principais prioridades de saúde dos profissionais e dos formuladores de políticas”.

Crianças e famílias não podem prosperar sob condições tão estressantes, alertam os autores. “Como a saúde mental pós-parto pobre pode levar a resultados ruins para as crianças, é de interesse nacional reduzir os estressores para que mães, crianças e famílias possam prosperar e manter a saúde“.

Então futuros pais e mães, a lição que fica nesse estudo é o seguinte:

Via www.newsweek.com | Imagens https://www.shutterstock.com

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