Em novembro de 2015 fui até a Leroy Merlin aqui no Principado de Sorocaba e fiquei muito feliz quando fui ao banheiro e vi uma placa com os dizeres: Banheiro Masculino c/ Fraldário.
Até fiz um post sobre isso aqui agradecendo a iniciativa da Leroy Merlin.
Bem, o Projeto de Lei Nº 79/2016 que trata da obrigatoriedade dos locais públicos – como shopping centers e estabelecimentos similares, público ou privado – a disponibilizar fraldários em banheiros masculinos foi aprovada no dia 09/06/2017. A medida ainda será votada pela segunda vez antes de ser sancionada pelo prefeito de São Paulo.
Toninho Vespoli (PSOL) é o autor do projeto e ele disse:
“Há muito tempo a função de trocar fraldas não pertence somente à mulher, mas também ao homem. Além disso, há inúmeras situações em que homens encontram-se sozinhos com crianças pequenas e ficam impossibilitados de trocar a fralda delas por falta de local apropriado”
De fato. Já passei apuros com os meus filhos. O caso complica quando se tem filhas, pois o local precisa separar o trocador dentro do banheiro masculino ou criar um espaço família.
No momento que os locais disponibilizarem espaços para os pais trocarem seus Padawans, abrirá um caminho mais forte para a tão sonhada paternidade ativa. Nada adianta os pais saírem com os seus filhos e não terem locais apropriados para troca de fraldas e para alimentá-los.
Mas a nossa cultura é relutante a isso. Ela enxerga que trocar fraldas é responsabilidade da mãe. Duvida?
No sábado passado, no Rio de Janeiro, um pai almoçava com o seu Jovem Padawan no restaurante do Círculo Militar da Praia Vermelha. Chegou a hora de trocar a fralda do seu filho e ele se direcionou ao banheiro masculino. Claro, não tinha trocador.
Ao questionar isso ao gerente do local (ao gerente) o mesmo disse: “Não é lugar para isso. Mas cadê a mãe dele?”.
Pois é. Ainda precisamos caminhar muito para evoluirmos ao ponto das pessoas não acharem estranho um pai trocar as fraldas dos seus filhos. Mas acredito que chegaremos lá! Talvez os meus netos já tenham essa sorte de viverem em um país onde a paternidade participativa não é algo hipster.
Via O Globo / Imagen https://www.shutterstock.com
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