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Pela última vez: um pai não pode ser babá dos seus próprios filhos

Tem um vídeo rolando na internet que achei engraçadinho. Alguém havia colocado rodinhas em um tipo de cadeira infantil e a amarrou na traseira de um caminhão de controle remoto. O pai estava controlando o caminhão, rebocando o bebê ao redor da calçada, que estava rindo histericamente (o bebê, não o pai).

Toda vez que você vê um bebê fofo rindo, seu dia fica melhor. Meu único problema (além das preocupações óbvias de segurança) era o título do vídeo – “O que acontece quando papai toma conta do filho?”.

Faça uma busca no Google por essa frase e você descobrirá todos os tipos de vídeos e imagens humorísticas do que o “pai bobinho” faz quando fica sozinho com as crianças – dá cerveja para o bebê, o coloca para dormir em locais inusitados, prende a criança com fita adesiva na parede e por aí vai.

Ok, estes vídeos/fotos são feitos para serem engraçados. Entendi. Porém eles acabam perpetuando o famoso estereótipo paterno. Eles mostram que o pai é incompetente demais para ser deixado sozinho com as crianças.  E  o real problema com essas piadas “O que acontece quando papai toma conta” é que papai não é a babá.

Pais que estão lendo isso, por favor, preste atenção. Você nunca pode ser babá de seus próprios filhos e filhas. Eles são seus Padawans. Você deve ser o pai deles. Você pode criá-los. Você pode cuidar deles. Mas você não pode ser babá deles.

Uma babá, por definição, é uma cuidadora primária e toma conta de uma criança durante um certo período de tempo. Suas responsabilidades são limitadas. Colocar o pai no mesmo nível de uma babá é rebaixá-lo. Pai é um parceiro co-igual na criação de seus filhos. O pai não deve entrar em ação em cuidar dos filhos apenas quando a mãe não está por perto.

Infelizmente isso não acontece apenas nos vídeos do YouTube e nos memes do Facebook. Você ouve isso na conversa cotidiana. Muitas vezes quando as esposa saem com as amigas à noite, alguém pergunta: “E seus filhos, ficaram com quem?”.

Pois é…Pais, está na hora de mudarmos isso, não?

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