Estreia hoje a terceira temporada de O Demolidor, na Netflix. Tive acesso a dois episódios e o que posso dizer é: assistam. Está tudo bem redondo e o Demolidor se firma como sendo uma das melhores séries de super-heróis.
Essa temporada foi inspirada em Demolidor – A Queda de Murdock. Não esperem a série seguir a risca uma das melhores HQ’s que existe, mas muitos elementos estarão na tela. E se você não sabe do que se trata A Queda de Murdock, segue uma pequena resenha:
Demolidor – A Queda de Murdock
O amor da vida de Matt Murdock (Demolidor), Karen Page , é, agora, uma viciada em heroína. Para aplacar sua necessidade viciante da droga, vende a identidade secreta do herói.
Através de uma obscura rede de contatos, essa informação cai nas mãos da única pessoa que poderia levar Matt Murdock ao inferno, em todos os sentidos possíveis: Wilson Fisk, o Rei do Crime. E a partir daí, é isso que acontece. O vilão mafioso põe tudo contra Murdock, que perde a casa, amigos, levando-o ao patamar mais baixo que um ser humano pode alcançar. O erro, porém, é que o rei planeja eliminar o Homem Sem Medo de modo doloroso tanto fisicamente quanto psicologicamente, ao invés de somente “puxar um gatilho”, e esse é seu maior erro.
Matt não morre, mas continua na situação deplorável em que estivera antes, mas agora, depois da “queda” vai se reerguer para buscar sua vingança, que, assim como seu declínio, será de proporções catastróficas.
Frank Miller e David Mazzucchelli constroem, aqui, uma obra prima sem comparações, a não ser é claro, por Batman Ano Um, que a meu ver se equipara em genialidade com essa, apesar de haver vários pontos diferentes, que contribuem para a construção similar de cada obra.
A narrativa irretocável e a arte “na medida” constroem um clima de tal maneira denso, que só somos lembrados que este é um mundo de super heróis e vilões coloridos pela presença, em certo ponto da trama, dos vingadores Capitão América e Homem de Ferro, que têm, mesmo na curta participação, um momento tenso e difícil de se encontrar em histórias convencionais.
