A lembrança mais antiga que tenho de Star Wars foi quando assisti com meu pai O Império Contra-Ataca no cinema. Lembro que ao sair da sala, na Av Paulista, meu pai falou alto: “Certeza que o Han Solo volta no próximo filme. Certeza”.
Bem, meu pai não estava aqui entre nós para assistir o Episódio 7 – Star Wars: O Despertar da Força, que estreou no final de dezembro de 2015.
Esses dias me peguei perguntando se ele iria gostar de ver o Han Solo morrendo. Confesso que ficaria chateado se ele achasse, mas faz parte. Tem muito coisa na prequel e na nova trilogia que me desagrada. Porém algo que aprendi depois de me tornar pai é que ao ver nossos filhos crescendo, esquecemos que estamos envelhecendo. O que era divertido, para nós, tempos atrás, pode não ser mais hoje. E isso inclui Star Wars ou qualquer outro desenho/filme/animação que carregue algum valor sentimental.
E isso inclui meu pai não gostando de Star Wars.
Star Wars para mim é puro valor sentimental. Vi a trilogia original com meu pai e por mais defeitos que esses filmes tenham – e eles tem – tornam-se irrelevantes. Queremos sentir o que sentimos, quando crianças, novamente nas telas. Porém nossos valores mudam, para bem ou para o mal, e isso nunca será possível. Acharemos defeitos em tudo, pois iremos compará-los com a ótica de um Nerd Rabugento (desculpe Castrezana).
Por isso que esse quadrinho da LunarBaboon é sensacional! Em amor aos nossos filhos, precisamos nos tornar crianças todos os dias. Precisamos sublimar muita coisa para estampar um belo sorriso em seus rostos e, assim, colocaremos valores sentimentais nos filmes que assistirmos juntos.
Meu pai fez isso comigo e toda vez que vejo Star Wars, lembro dele. Isso é poderoso demais! Lembre-se de virar a chavinha de Velho Rabugento para Criança mais vezes. Nossos filhos certamente irão se lembrar disso para o todo sempre!