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Sense 8 e a Síndrome de Estocolmo

Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

Isso é muito normal em sequestros, onde a vítima fica em poder do sequestrador por dias e dias e o sentimento de amizade e amor aparece.

Bem, a Netflix informou que cancelou a série original Sense8 e a internet veio abaixo. Muitos fãs da série indignados – e dou razão – pois Sense8 acabou sem ter um final fechado. Já passei por isso e sei como nos sentimos traídos por uma série que gostamos não ter fim.

Em minha Fanpage postei sobre o fim da série e que não consegui passar do primeiro episódio de Sense8. Não me pegou. O enredo, os atores e atrizes, o ritmo, não me agradou.

Pipocaram comentários dizendo que precisa assistir de mente aberta e que o negócio começa a engatar lá pelo 3º, 4º episódio.

Ou seja, você passa seu tempo preso assistindo uma série e depois de um tempo, olha só, você começa a gostar dela. Mesmo que os primeiros episódios tenham sido péssimos, você ficou lá firme e forte e PAH!, uma ligação é feita.

Me diga se não é parecido com a Síndrome de Estocolmo? A série te sequestra e depois de alguns episódios você tem amor por ela. Você a protege. Você sonha com ela. Você chora quando o sequestrador é preso.

O Luide listou os prováveis motivos motivos que levaram Sense8 ser cancelada:

Se por acaso Sense8 tivesse uma ótima audiência, os outros ítens poderiam sim ser contornados. Mas não foi isso que ocorreu. As pessoas não gostaram da série e preferiram não assisti-la. Elas não queriam ser sequestradas por ela.

E, convenhamos, para precisar gostar de uma série depois do 3º, 4º episódio é porque a série tem um problema, não?

Vamos aceitar que Sense8 acabou. Tem um monte de excelentes séries na Netflix, na HBO, na CBS, na BBC. Se você assistiu e não curtiu, tente assistir pelo menos mais um episódio. Se não rolar MESMO, pare. Caso contrário você terá Síndrome de Estocolmo.

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