Fui assistir Jurassic World com o Padawan e o moleque amou! Eu me divertia em ver as reações dele!
Em uma das cenas finais ele não se conteve e começou a berrar “VAI T-REX, VAAAAAAI!”. Eu achei simplesmente sensacional! Alguns outros Padawans que estavam na sala começaram a berrar também e tenho certeza que várias pessoas se seguraram para não soltar sua criança interior.
Postei isso no Twitter e apareceu uma pessoa que me perguntou:
“Explica aí como mergulhar num rio e depois acender uma tocha usando fósforos da bolsa?”
Jovens Padawans e Pequenos Gafanhotos, como deve ser triste e chato o mundo desse cidadão, não? Será que ele nunca escutou algo chamado suspensão da descrença?
Ao assistir uma obra de ficção precisamos aceitar limitações que são nos apresentados e sacrificar o realismo ou plausibilidade da situação.
Ou seja, a suspensão da descrença faz com que relevemos a realidade e ela nos convida para mergulhar em uma fantasia. E é justamente por isso que um filme, um desenho ou uma peça de teatro é tão divertido, pois eles nos fazem viver um mundo paralelo!
Criticar o filme, o enredo, por algo não se encaixar na realidade é uma das críticas mais vazias que existe.
E o pior de tudo é que o cidadão aí que me falou isso desconhece que existe fósforos a prova d’agua.
Pois é.
Ao assistir uma obra de ficção tenha o compromisso de apenas se divertir com o filme. Ligue a suspensão da descrença e seja feliz, ok?
UPTADE – 22 DE AGOSTO 2017
Com os últimos acontecimentos de Game of Thrones, precisei fazer um update sobre a suspensão da descrença. Precisamos ter em mente que o limite da suspensão de descrença é o ridículo. No momento que não justificam na narrativa algo, tudo começa a desmoronar. Poderia até mesmo aparecer um white walker alienígena drag queen com um chifre de unicórnio, que estaria ok, se estivesse justificado na narrativa.
No momento que usam a suspensão da descrença para preencher lacunas no roteiro, existe algo de podre no reino.