No dia 28/02/2019 postei o vídeo abaixo em minha fanpage. Um episódio da Peppa Pig onde a imagem do Momo aparece no meio do episódio sugerindo para as crianças se cortarem:

“Você quer uma surpresa?;
Olhe em meus olhos;
Não irei mentir;
Você irá morrer;
Corte sua perna e você nunca me encontrará;
Corte seus pulsos e seus pais nunca irão me ver;
Bons sonhos, pequeninos!;
Cuidado comigo!”


Se desejar ver o vídeo, click na aqui

Independentemente se esse vídeo não é falso, se for apenas um hype, um hoax, da Internet ou é um exagero, há um componente mais premente e triste nessa história: a necessidade de conversarmos com nossos filhos e filhas sobre o suicídio e a automutilação.

Nós sentimos que eles são jovens demais para saberem que as pessoas às vezes tiram suas próprias vidas. Essas crianças são felizes e não se importam com o que ocorre no mundo. Dizendo-lhes que isso existe, arrancamos um pedaço de sua inocência.

E isso é uma coisa horrível de se encarar como pai ou mãe.

O outro lado é, e se NÃO decidirmos dizer nada sobre o suicídio – este Desafio Momo é a prova de que alguém o fará. De acordo com um artigo recente da CNN, a cada cinco dias, uma criança entre 5 e 12 anos tira a própria vida.

Eu gostaria de pensar que a maioria de nós está incrivelmente sintonizados com os perigos que cercam nossos filhos todos os dias. Mas os últimos dias foram reveladores para nós como pais e, mais do que nunca, precisamos entrar em sintonia com nossos Padawans.

Na era do conteúdo gerado pelo usuário, o acesso instantâneo a plataformas, como o YouTube Kids, oferece uma incrível variedade de vídeos educativos para crianças. No entanto, é quase impossível ter 100% de supervisão de conteúdo da plataforma e isso pode ser perigoso. É necessário iniciar um diálogo sobre saúde mental e continuar nossas conversas anteriores com nossos filhos e filhas sobre segurança – tanto on-line quanto na vida real. Isso é primordial.

Pais e mães, precisamos, urgentemente, abrir uma linha de conversa com nossos filhos e filhas. Não devemos usar telas como babás e supervisionar, sempre, o que eles estão consumindo.

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