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O que eu reaprendi com Naruto

O Padawan pegou aquelas tampas metálicas que cobrem marmitas e fez uma bandana (acho que é esse o nome), desenhou, colocou na testa e disse que era o Naruto.

Postei em meu Instagram e na Fanpage com a seguinte legenda: Padawan curte Naruto…ONDE FOI QUE EU ERREI?!

Pipocaram várias mensagens defendendo o anime, dizendo que ele é excelente pois mostra muito a relação pai e filho, que eu devia dar uma chance e tal.

Entre os mais acalorados – inclusive tive de moderar alguns –  me chamaram de preconceituoso:

Para a pessoa, o seu comentário foi numa boa. Me chamar de preconceituoso é de boa….

Bem, vamos aos fatos: não gosto MESMO de Naruto. Não consegui criar uma conexão com esse anime. Sei da relação do Naruto com o Boruto, seu filho. Mesmo assim, bléh.

Gosto de animes. Cresci vendo animes na saudosa Rede Manchete de Televisão. E não parei lá nos anos 80. Um dos meus favoritos é Death Note e tem vários posts sobre ele aqui no blog (aqui, aqui e aqui).

Porém quem amam algo não conseguem entender que tem pessoas que não curtem. Atacam de todas as formas possíveis e com uma intensidade que acabamos achando que o errado da história somos nós! A intolerância está tão aflorada em nossa sociedade que até em um anime ela aparece.

Precisamos respeitar os gostos dos amiguinhos, Pequenos Gafanhotos. E foi isso que Naruto me fez lembrar.

Meu Padawan gosta de Naruto e o que eu como pai devo fazer? Respeitar. Não posso impor ao meu filho meus gostos. Preciso respeitar a individualidade dele sem julgamentos.

Quando ele começa a assistir, falo que não curto e prefiro fazer outra coisa. Assim estou o ensinando a saber viver com as diferenças. Tenho certeza no momento que ele encontrar alguém que gosta de algo que ele não, a palavra preconceituosa nunca será dita e nem pensada.

Deixo aqui meu obrigado ao Naruto por fazer me reaprender a lidar com as diferenças. E espero, de coração, que todos também reaprendam – ou aprendam – a lidar com as diferenças.

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