Algumas vezes erramos ao conversamos com os nossos filhos. A falta de paciência dos pais acaba sendo perigosa na educação dos Jovens Padawans. Eu entendo que chegamos ao final do dia cansados e o que mais queremos é tomar banho, jantar e se jogar na cama. E como isso não é possível, acabamos descontando neles.

Um dos erros e rotular nossos filhos. Vai tomar banho, porcão!, Você é muito desatencioso!  Por mais que soe como brincadeira, as crianças acabam não processando isso corretamente. O resultado é que prejudicamos a autoestima deles e isso é perigoso para o seu desenvolvimento.

Os pais muitas vezes são os responsáveis pela baixa autoestima dos filhos 03

A baixa autoestima é uma característica das pessoas que se sentem inadequadas para enfrentar os desafios da vida, não acreditam em seus potenciais, na sua capacidade de aprender e de dar resposta às questões da vida. Esses indivíduos tem uma imagem negativa de si, estrutura emocional pouco sólida, o que gera o pessimismo e sucessivas situações de fracasso. A falta de respeito próprio e o sentimento de inferioridade fazem com que uma pessoa com baixa autoestima não tenha senso básico de respeito por si mesma, se desvalorize e não se sinta merecedora de amor e respeito por parte dos outros.

Ou seja Pequenos Gafanhotos, ao rotularmos nossos filhos podemos destruir sua autoestima e isso impactará em toda a sua vida, tanto a pessoal como a acadêmica. Ao reforçar uma característica negativa podemos enraizá-la e a baixa autoestima se tornará presente em sua vida.

Então preciamos ter cuidado. Ao invés de mostrar pontos negativos, vamos mostrar os positivos:

  • Ao invés de Você é muito desatencioso!, diga Eu sei que você é atencioso e vai tomar cuidado na próxima vez;
  • Ao invés de Vai tomar banho, porcão!, diga Vai tomar banho para você ficar bem cheiroso;
  • Ao invés de dizer Você é muito inteligente!, diga Você é muito inteligente em matemática. Parabéns!

Conforme o Dr Italo Marsili,  psiquiatra formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, ao elogiar é melhor ser específico,  elogiando isto ou aquilo que seu filho fez, do que alimentar sua vaidade com elogios genéricos dirigidos à autoimagem da criança.

O que devemos é  expressar o quão bem ela fez a lição de casa, que ótimo que ela recolheu os brinquedos, que maravilha é vê-la desenhar e pintar. Ou seja, você deve elogiar o comportamento, não a criança, e assim reforçar a autoestima infantil.

Vou me policiar mais aqui em casa. Por mais que pareçam brincadeiras, isso pode fazer um mal danado e o que não queremos é que nossos Padawan não tenha autoestima.

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