Desde de 2010, quando nasceu o Padawan, eu leio muito sobre o contato das crianças com a tecnologia. Já li livros, conversei com psicológicos, professores, fui em workshops, palestras e simpósios sobre o assunto.

Interessante que sempre aparecem 2 linhas de pensamentos sobre esse assunto: aquelas que a tecnologia faz mal e deve ser evitada a todo custo e outra que tecnologia ajuda e precisa ser inserida na vida da criança com equilíbrio.

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Li uma reportagem no Estadão onde um psicólogo do HC afirma que o uso de aparelhos tecnológicos por crianças menores de 3 anos de idade irá criar uma geração de alienados. Segue um dos trechos:

“Tive um paciente muito jovem que ficava conectado ao videogame 55 horas ininterruptas. Não levantava para almoçar, não levantava para jantar, nada. Ele era um zumbi, urinava na calça. Antes de a gente perguntar se a tecnologia é boa ou ruim ou a gente tem que perguntar onde está esse pai e essa mãe que permitem que o filho fique mais de 50 horas no videogame?.”

Agora vamos fazer uma pequena alteração nesse texto acima:

“Tive um paciente muito jovem que ficava lendo 55 horas ininterruptas. Não levantava para almoçar, não levantava para jantar, nada. Ele era um zumbi, urinava na calça. Antes de a gente perguntar se a leitura é boa ou ruim ou a gente tem que perguntar onde está esse pai e essa mãe que permitem que o filho fique mais de 50 horas lendo?”

O ser humano é suscetível demais a ter alguma dependência, seja ela física ou psicológica. Um Padawan que fica 55 horas jogando um videogame, com o celular na mão, vendo TV, lendo um livro ou jogando bola irá acabar se tornando um alienado. Esse jovem tem uma dependência e deve ser tratado.

Porém os pais HOJE conseguem evitar que as crianças cheguem nesse estado.

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Aqui em casa, por exemplo, o Padawan brinca no tablet? Yeap! Joga videogame? Sim Senhor! Joga bola com os amigos? Muitas vezes preciso arrastar o moleque da quadra daqui do condomínio.

Pais e mães, a linha de raciocínio que sempre deve ser seguida é a do equilíbrio. Os pais precisam estabelecer essa linha e a seguir à risca. É necessário ter harmonia entre o mundo real e o virtual. Tudo em excesso é prejudicial.

Um dos comentários na reportagem do Estadão toca bem na ferida:

“Importante ressaltar que a tecnologia sem a presença do brincar com a família é danoso e essa diferença é substancial no desenvolvimento psicopedagógico do bebê.  Ele precisa sorrir junto os os pais, ser abraçado, amado e querido. Sentir todo o afeto da família e dos responsáveis, mesmo que brinque de vez em quando com um tablet, ou assista uma TV”

Muitas vezes o uso exagerado de algo nada mais é de uma forma de defesa das crianças. Pais berrando entre si, a ausência do pai e da mãe e a falta de carinho com os filhos podem desencadear muitos problemas e as crianças ao fugirem desse cenário, acabam criando uma dependência com algo.

Então a dica que dou é que não leve tudo ao pé da letra. Ache sempre o caminho do meio, pois essa é forma dos nossos Padawans  terem um desenvolvimento pleno e continuarem no Lado Luminoso da Força.

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