Há uma coisa em comum em todo caso de um achado arqueológico forjado: ou ele foi criado para se conseguir dinheiro, ou notoriedade. Mas como classificar uma obra que não pretendia nem uma coisa nem outra?
Há algum tempo foi postado no blog uma tirinha que ilustra, sem palavras, todas as fases de um relacionamento, e o risco que corremos em se doar por completo e não receber o equivalente em troca, podendo resultar em sitruações catastróficas no fim de um namoro/casamento/o que seja.
Como proprietário de um PS Vita, eu estava ficando deveras preocupado com a escassez de bons títulos para o portátil, o que poderia comprometer seu futuro. Porém a Sony resolveu acordar e deu uma injeção de ânimo nele, com diversos títulos excelentes a caminho, e enquanto aguardo Muramasa: The Demon Blade e Dragon’s Crown serem lançados no ocidente, resolvi dar uma chance ao novo título da Drinkbox Studios, não esperando muito dele.
Os Cavaleiros do Zodíaco é muito provavelmente a animação japonesa de maior sucesso no Brasil nos últimos 20 anos (não vou comparar com Patrulha Estelar e Macross, que estão em outro nível). Não só o anime fez um sucesso estrondoso por aqui e no mundo, como rendeu uma série de brinquedos inspirados nos defensores de Atena que toda criança queria.
Agora para comemorar os dez anos da série Cloth Myth (uma reimaginação dos bonequinhos, com acabamento com muito mais qualidade), a Bandai vai lançar uma edição especial da Armadura de Ouro de Sagitário, feita em ouro maciço!
> Autor: Ronaldo Gogoni > Categoria: Anime, Cinema
Eu gosto de animes, porém não costumo acompanhar muitas séries, eu prefiro assistir OVAs (especiais que saem direto para home vídeo) ou os longa-metragens. E eu tenho um carinho especial pelas obras de Hayao Miyazaki e do Estúdio Ghibli, não só pela qualidade incrível de animação ou pela trilha sonora cativante do mestre Joe Hisaishi, mas porque suas obras conseguem abordar temas cotidianos com uma suavidade e visão únicas.
Esses dias eu perguntei pro Nerd Pai se o padawan já havia assistido algum filme do estúdio, e a resposta foi “não”. Foi então que tive a ideia de montar esse guia, indicando doze filmes que podem ser apreciados pelos pequenos (nisso infelizmente O Túmulo dos Vagalumes ficou de fora). Estes são os seis primeiros:
Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar(Gake no Ue no Ponyo, 2008)
O filme que Miyazaki dirigiu depois de anunciar sua aposentadoria (que ele vive adiando), essa talvez seja a animação mais infantil do estúdio. Ponyo conta a história da pequena menina-peixe que deseja conhecer o mundo exterior e acaba presa numa garrafa. Após ser salva e fazer amizade com o garoto Sousuke, ela deseja se tornar uma garota humana (qualquer semelhança com A Pequena Sereia não é mera coincidência) para desespero de seu pai, um mago que deu as costas à humanidade. Claro que seu desejo será fonte de inúmeros problemas e acabará levando o garoto a realizar um teste para provar que realmente gosta dela. Miyazaki como sempre aproveita para criticar a agressão do homem à natureza, dessa vez contra o mar.
O Mundo dos Pequeninos(Kari-gurashi no Arietty, 2010)
Este é o primeiro trabalho do animador Hiromasa Yonebayashi como diretor. Baseado no livro de Mary NortonThe Borrowers (mais conhecido por aqui pelo filme Os Pequeninos, com John Goodman), o filme mostra Arrietty, uma garota minúscula que mora no assoalho de uma casa no interior com a família e que sobrevive “pegando emprestadas” coisas dos donos (grandes) da residência, sem se permitirem serem descobertos. Sua rotina muda ela faz amizade com Sho (ou Shawn), um garoto com problemas no coração que se hospeda na casa enquanto espera por uma cirurgia.
Whisper of the Heart(Mimi o Sumaseba, 1995)
Dirigido por Yoshifumi Kondou e baseado num mangá de mesmo nome de Aoi Hiiragi, nele conhecemos Shizuku, uma garota de 14 anos que sonha em ser escritora, e lê o máximo que pode. Ao perceber que um garoto chamado Seiji pega emprestado todos os livros que ela lê na biblioteca, procura encontra-lo e seu primeiro contato é bem negativo. Após conhecer uma pequena loja que pertence ao avô de Seiji (onde há a estatueta de um gato, chamada “O Barão”), ela descobre mais sobre o garoto e passa a admirá-lo, apesar do encontro tempestuoso. O filme é um conto delicado sobre o primeiro amor e é intercalado com passagens fantásticas que Shizuku imagina, protagonizadas pelo Barão. Eu recomendo esse para crianças maiorzinhas.
O Reino dos Gatos (Neko no Ongaeshi, 2002)
Dirigido por Hiroyuki Morita. Haru, uma garota tímida, salva um estranho gato carregando um presente na boca de ser atropelado. Ela só não esperava que o gato ficasse em pé e agradecesse a ela! Na mesma noite ela recebe a visita do rei do País dos Gatos, que agradece por ela ter salvado seu filho, o príncipe. Como recompensa ela é convidada a visitar ser reino e lhe é oferecida a mão do príncipe em casamento, e os gatos não aceitam um não como resposta. O “detalhe” de ela ser humana é facilmente resolvido: ela começa a se transformar numa gata! Ela é ajudada pelo Barão, o mesmo personagem do filme anterior.
A Viagem de Chihiro(Sen to Chihiro no Kamikakushi, 2001)
O filme que deu o Oscar de Melhor Longa de Animação à Miyazaki em 2002. Chihiro, uma garotinha de dez anos está viajando para sua nova casa com seus pais, que sem querer erram o caminho e vão parar no mundo dos espíritos. Após seus pais virarem porcos, ela começa a trabalhar para a bruxa Yubaba enquanto tenta encontrar um modo de reverter o feitiço e voltar pra casa. Mas as coisas nem de longe serão simples.
O Castelo Animado(Hauru no Ugoku Shiro, 2004)
Baseado no livro homônimo de Diana Wynne Jones. Sophie é uma vendedora de chapéus de 18 anos ranzinza e mal humorada é amaldiçoada pela Bruxa das Terras Desoladas, a transformando numa velha de mais de 90 anos. Ela então parte em busca de uma forma de voltar ao normal e vai parar no castelo andante do mago Howl, onde o demônio do fogo Calcifer (que alimenta o castelo com suas chamas) promete ajuda-la se ela encontrar uma forma de libertá-lo de sua condição. Nisso estoura uma guerra entre seu país e o reino vizinho, e o covarde Howl é requisitado para tomar parte, e ele acaba envolvendo a pobre garota/velha na história.
Na parte 2, virão mais seis filmes do estúdio. Até lá! 🙂
Duas semanas atrás, o mundo dos games foi agitado pela revelação não tão bombástica assim (já tava cozinhando há algum tempo) do novo console da Sony, o PlayStation 4. Em conferência realizada em Nova York em 20/02/2013, o CEO da empreza, Kaz Hirai e diversos outros executivos e game designers destrincharam o hardware a apresentaram novos features, serviços e, claro, games.
Numa apresentação de pouco mais de duas horas, a Sony trouxe diversas novidades e deixou muitas dúvidas no ar, mas a principal (e mais bizarra) foi, claro, o console não foi mostrado, até porque aparentemente nem a Sony sabe como ele será! Apenas foi apresentado o novo controle, o DualShock 4, a câmera e diversos demos de jogos, além de revelar as especificações técnicas dele.
Falando um pouquinho das specs, o aparelho é bem parrudo e de fato vai dar a largada na 8ª geração de consoles (pior pra Nintendo, que lançou o WiiU já bem defasado). O que sabemos é que o PS4 contará com:
– processador AMD “Jaguar” de oito núcleos, com arquitetura x86;
– placa de vídeo Radeon de 1,84 teraflops;
– 8GB de RAM DDR5 (YAY multitarefa! Adeus ter que sair de um game para navegar na dashboard);
– drive de Blu-Ray, conexões Ethernet, Wifi, Bluetooth… aqui é igual ao PS3.
O PS4 terá arquitetura x86, igual aos PCs. EXCELENTE, o principal calcanhar de Aquiles da Sony era a dificuldade que as third parties possuíam para desenvolver os games. Com uma similaridade com os computadores, não só desenvolver será mais simples como a fidelidade de ports de games do PC para o console será menos traumática e o melhor, quase sem perdas.
Sobre o controle, ele foi pouco remodelado, e eu já esperava por isso. O DualShock é extremamente característico da Sony, e mantém o mesmo design há quase 15 anos. Entre as smudanças, os botões Select e Start foram pra cucuia. Em seu lugar foi adicionada uma tela de toque similar à traseira do PS Vita, e os novos botões Options e Share. Este último é bem interessante: você poderá compartilhar screenshots e fazer streaming da sua jogatina automagicamente, através de integração com Facebook e, provavelmente, UStream respectivamente.
Ao pressionar o botão Power, o sistema alterna entre Suspend e Resume de cara. O console conta com um chip secundário que cuidará dos downloads e updates mesmo desligado. E importante: o controle vai carregar no modo StandBy!
Remote Play. Mais uma vez o Vita foi promovido a controle de luxo, mas dessa vez nem reclamo: a ideia da Sony é permitir que todo e qualquer game do PS4 seja jogável no portátil.
Claro, não vai rodar direto, será via streaming aproveitando os recursos da Gaikai, empresa que a Sony adquiriu recentemente. Indo mais longe, poderíamos jogar inclusive em smartphones e tablets, e eu consigo imaginar isso acontecendo com a linha Xperia.
Outro recurso legal é caso você fique empacado num game, você pode “pedir uma mãozinha” e um amigo seu pode assumir o controle pra você.
Bom, agora falemos do prato principal: os games! Diversos demos e tech demos foram mostrados, alguns bem legais, outros mornos, outros decepcionantes… vamos lá:
– Pra começar, o apoio das third parties será pequeno (só que não):
– a Quantic Dream (Fahrenheit, Heavy Rain) trouxe um tech demo bem legal. Pelo menos temos certeza que o PS4 é ótimo para renderizar cabeças de velhos flutuantes 🙂 (não resisti):
– o primeiro game é uma nova IP da própria Sony, Knack:
– o próximo é da Guerrilla Games, Killzone: Shadow Fall:
– a Evolution Games apresentou Drive Club (nessa hora todo mundo pensou que Kaz Hirai viriam com um “RIIIIIIIDGE RACEEEEER!” 🙂
– da Sucker Punch, Infamous: Second Son:
– a Capcom mostrou sua nova engine, Panta Rhei, e sua nova IP, Deep Down:
– Jonathan Blow, criador de Braid, trouxe sua mais nova obra, The Witness:
– a Square-Enix teve a audácia de anunciar que vai anunciar (redundância intencional) um Final Fantasy para o console em breve, e ainda reexibiu o tech demo de sua nova Luminous Engine, o Agni’s Philosophy; vídeo incrível, é verdade, mas ainda assim notícia velha:
– pior fez a Blizzard: ela jogou um balde de água fria em todo mundo que estava empolgada por seu retorno aos consoles após tantos anos, ao anunciar… Diablo III:
– recuperando os ânimos, a Ubisoft confirmou o que todo mundo já esperava: Watch Dogs (que também sairá para PS3):
– e por fim a Bungie, que revela o que foi chamado de “o Halo da Sony”, Destiny:
Nada foi mencionado sobre preço do console ou data de lançamento, mas a Sony pretende colocá-lo no mercado no fim do ano. Agora teremos que aguardar até a E3 quando provavelmente teremos essas informações e conheceremos a cara do PS4. E como a Microsoft também prometeu um grande anúncio na feira (oh, o que será?), resta aguardar.
Eu não sei vocês, mas estou empolgado com o que vem por aí! 🙂
Essa última terça-feira foi engraçada. A princípio eu não iria falar sobre, mas a pataquada tomou proporções bíblicas e o falatório foi tão intenso que mudei de ideia. O negócio é o seguinte: saiu a notícia que no número 10 de X-Treme X-Men, Wolverine e Hércules vão protagonizar um beijo gay. Isso aí, o baixinho invocado dos X-Men teria se assumido homossexual e ainda daria uns pegas no Leão do Olimpo! Claro, isso causou a ira dos fanboys do tampinha (não que eu tenha algum apreço por fanboys, claro).
Quer dizer que Logan, o carcaju, o melhor no que faz, o maior pegador da Marvel saiu do armário!? HOLD YOUR HORSES!!!
Pra você ver que a mídia geral falando de mundo nerd (ou de ciência, o que for o prato do dia) é como uma tartaruga tentando costurar, os veículos nem se deram ao trabalho de checar a fonte, senão perceberiam que, além de NÃO SEREM os personagens do universo principal da Marvel, se trata de notícia velha!
Seguinte: esses personagens são de um universo alternativo ao tradicional (chamado pela Marvel de Earth-616), e esse baixinho faz parte de um grupo chamado “X-Treme X-Men”, formado por versões dos heróis de diversas realidades. A revista já é publicada desde meados do ano passado. Antes disso, os personagens já foram apresentados no início de 2012, em Astonishing X-Men v3 #45 (Jan/2012), e desde então fora estabelecido que este Wolverine, que sequer atende por esse nome ou por Logan, mas por Coronel James Howlett, governador do Domínio do Canadá e vice-rei de Shangri-la serviço de Sua Majestade (ufa!), era gay e amante de Hércules, o Príncipe do Poder (que nem dá para classificar como homossexual, afinal ele é da era dos mitos gregos, o conceito de sexualidade era outro; quem leu a Teogonia ou assistiu a série Roma sabe disso).
Sabe o que parece? Que alguém dentro de uma redação que nunca leu quadrinhos na vida descobriu isso por acaso e pensou caramba, isso rende uma polêmica, soltou a notícia requentada e, claro, ela se espalhou que nem gripe. Para você ter ideia do nível de amadorismo, a revista com o beijo dos dois saiu nos States dia 13/02, há quinze dias atrás. Claro que gerou o buzz esperado, mas eu, que estou acompanhando a série desde o início, olhei e disse “e daí?”.
E vou estender esse ‘”e daí”: seria algum problema grave se o Wolverine tradicional resolvesse se assumir gay? Ano passado a DC alterou a orientação sexual do Alan Scott, o Lanterna Verde da Terra-2, e foi o mesmo burburinho, lembra? O AJ falou disso aqui. A Marvel mesmo realizou também em 2012 o casamento do primeiro personagem assumidamente gay das HQs, o Estrela Polar.
Ou podemos voltar mais atrás e lembrar o casal Apolo e Meia-Noite, do Stormwatch. Eu só não gosto muito de citar a Batwoman porque ela virou o pacote de minorias aos olhos da DC: mulher, lésbica e judia (mas as histórias dela são muito bem escritas).
Apesar de todos os ataques, as histórias se provaram de ótima qualidade e o público aceitou. Mas ainda é uma pena que no geral as editoras ainda tem receio de abordar um tema tão espinhoso. Foi realmente deprimente uma personagem tão bem construída quanto Victoria Hand, a conselheira dos Vingadores do Luke Cage, tenha morrido de forma gratuita. O fato dela ser homossexual era um mero detalhe.
Agora dos casalzinhos mais recentes, os mais legais de acompanhar são Julie Power do Quarteto Futuro e Karolina Dean dos Fugitivos, e Wiccano e Hulkling dos Jovens Vingadores. O primeiro casal não é bem um namoro, mas um flerte, bem coisa de adolescentes mesmo. Já o segundo é um namoro engatado já há algum tempo.
Enfim, cada um tem sua opinião. Eu gostaria sinceramente de ver mais histórias abordando o tema no futuro, e você? Deixe sua opinião aí nos comentários. 🙂
Hoje em dia eu quase não assisto mais TV. Não tenho mais aquele ritual de me sentar na sala e ligar o aparelho, por esse motivo sequer tenho TV por assinatura, seria desperdício de dinheiro. Mas esses dias parei para assistir alguns desenhos infantis recentes. E todos, sem exceção, eram pontuados por músicas agitadas. Foi então que eu percebi que, dos cartoons que acompanhava na infância, quase todos tinham música clássica em suas trilhas, isso quando não haviam episódios com recitais e óperas.
Eu fui basicamente apresentado à música clássica pelos desenhos, como tantos outros da minha geração. Não que as animações de hoje não sejam boas (Hora de Aventura é tão lisérgico quanto sensacional), mas eu fico com a estranha sensação de que algo está faltando. O Nerd Pai já mencionou isso anteriormente, e reforço sua opinião: se os pais não escutam música clássica hoje, os Jovens Padawans não terão a oportunidade de conhecer esse gênero tão rico. Fora que a música é de tal forma introduzida que se torna intrínseca à ação do desenho.
Pulando os episódios de Tom & Jerry da Hanna-Barbera produzidos durante os anos 40, que eram totalmente orquestrados, vamos relembrar alguns desenhos que entraram para a história, todos com execuções de obras de grandes mestres da música clássica:
“What’s Opera, Doc?” (1957)
Dirigido pelo mago Chuck Jones, o episódio mostra Pernalonga infernizando a vida do Hortelino como sempre, ao som de várias das óperas de Richard Wagner, em especial do chamado “Ciclo do Anel”: as quatro que compõem a epopéia “Der Ring des Nibelungen”. Há tambem trechos de outra ópera de Wagner, “Tannhäuser”. Apenas foi eleito pela crítica o melhor desenho animado de todos os tempos.
“Long-Haired Hare” (1949)
Outro do Pernalonga, outro de Chuck Jones. O coelho resolve se vingar do barítono Giovanni Jones (trocadilho com o nome do diretor) por ter interrompido sua cantoria. O fato dele próprio estar atrapalhando os ensaios de Jones é irrelevante. 🙂 Nesse episódio são executadas as obras “Largo al factotum” da ópera de Rossini“O Barbeiro de Sevilha”; a ária “Chi Mi Frena In Tal Momento” de “Lucia di Lammermoor”, de Gaetano Donizetti; o segundo tema do prelúdio do 3º ato de “Lohengrin” de Wagner, a abertura de “Die schöne Galathee” de Franz von Suppé, além das canções que o coelho toca no início da história. O ponto alto do episódio é quando Pernalonga se disfarça do grande maestro Leopold Stokowski, imitando inclusive seu costume de reger a orquestra sem batuta. O trecho inicial em que Jones espanca o Pernalonga de várias maneiras (além da sequência em que ele se traveste e pede um autógrafo com uma caneta de TNT) foi cortado em exibições atuais, tirando o sentido do desenho em si.
“Tom & Jerry in the Hollywood Bowl” (1950)
Esse é da dupla Hanna-Barbera. Tom é um maestro que está conduzindo a abertura da ópera “Die Fledermaus” de Johann Strauss II (houveram três Johann Strauss, pai, filho e neto, mas o terceiro é sobrinho do segundo; Strauss II é o mais conhecido, o chamado “Rei da Valsa” que compôs Danúbio Azul). Jerry tenta tomar parte na apresentação e como é constantemente sabotado por Tom, resolve “tocar” (hehe) o terror.
“Carmen Get It!” (1962)
Outro de Tom & Jerry, dessa vez dirigido por Gene Deitch. Tom persegue Jerry até o Metropolitan Opera House, mas é barrado pelo segurança. Ele então se disfarça de músico e se enfia na orquestra, inicialmente tentando atrair Jerry com um violino automático (com essência de queijo) até novamente bancar o maestro, dessa vez regendo a ópera “Carmen” de Bizet. A sequência em que Jerry controla formigas para formarem as notas na partitura (para desespero de Tom) é espetacular.
“The Barber of Seville” (1944)
Esse clássico do Pica-Pau foi dirigido por James Culhane. Nosso amigo vai até a barbearia de Tony Figaro, porém o mesmo não se encontra (estava servindo na 2ª Guerra). Pica-Pau resolve então assumir o comando do local, ou seja, sai de baixo! O arco principal se dá quando um operário pede uma “limpeza geral”, daí ele encarna seu lado “pirado” e começa a torturar o pobre cliente enquanto canta a “Largo al factotum” de Rossini.
“Musical Miniatures – Musical Moments from Chopin” (1947)
Dirigido por Dick Lundy. Miniaturas Musicais foi uma série de seis episódios onde os personagens de Walter Lantz executavam obras clássicas. Este episódio é, na minha modesta opinião, o melhor de todos os listados neste post, e ironicamente o único que não apresenta uma ópera, mas peças de um dos maiores compositores da história: Frédéric Chopin. Andy Panda está executando um recital para os animais da fazenda, até que o Pica-Pau resolve fazer parte do musical. A coisa degringola quando um cavalo bêbado toca fogo no celeiro. Dentre as obras, uma das melhores é a que abre o desenho, a Opus 40 No. 1: Polonesa em La maior “Militar”, executada a quatro mãos por Pica-Pau e Andy Panda, fazendo referência ao filme de 1945 “A Song to Remember”, onde Chopin toca esta Opus em parceria com outro gênio da música, o então jovem Franz Listz. Aliás, o desenho inteiro foi inspirado nesse filme, conhecido por aqui com o nome de “À Noite Sonhamos”.
Deixei vários de fora, mas se lembrarem de mais algum, deixem aí nos comentários. 🙂
Lembro que toda vez que saia um número novo de uma revista de videogame, a molecada se acotovelava na sala de aula, tentando ver os lançamentos e se tinha uma dica para aquele jogo impossível que a galera estava empacada. Quem não tinha acesso às revistas estava frito, não tinha outro modo de se atualizar. Um ou dois meses sem acompanhar as publicações e você ficava mais perdido que cachorro em dia de mudança.
Hoje a internet cumpre esse papel, a troca de informações é quase instantânea e as revistas foram sendo cada vez mais esquecidas. Em 2012 várias publicações especializadas foram encerradas, dentre elas a Official PlayStation Magazine, a PSM3, a Xbox World e a que pegou todo mundo de surpresa: a Nintendo Power, uma das mais tradicionais do ramo que circulou durante 25 anos, também teve sua publicação encerrada.
No Brasil tivemos diversas publicações voltadas aos games, e dentre elas a VideoGame (uma das mais antigas), a Ação Games, a SuperGamePower e a Gamers estão entre as mais lembradas. Não que as matérias fossem 100% confiáveis, MUITO LONGE disso, mas numa época em que computador era artigo de luxo… vale lembrar que muitas delas transformaram os “pilotos” da revista em personagens, como o Frango da Ação Games, o Capitão Ninja da Progames/Gamers e o time da SGP, dentre eles a mulher que os leitores transformaram em musa, Marjorie Bros.
Hoje as publicações sobreviventes no Brasil são mais voltadas a consoles específicos, como a Nintendo World e a PlayStation Revista Oficial. Correndo por fora temos a OLD!Gamer, dedicada exclusivamente a retrogames (e notícias absurdas de revistas antigas, hehe) e voltada mais para colecionadores e nostálgicos de carteirinha (Eu! Eu!). Pode ser que a onda de cancelamento das revistas lá fora reflita aqui, mas ainda é cedo para dizer.
Lembrando que para quem quiser conhecer a história das revistas especializadas em videogames do Brasil, o site DataCassete mantém um acervo GIGANTE com quase tudo que já foi publicado por aqui, com PDFs de todas as edições disponíveis escaneadas e enviadas, em sua maioria, pelos entusiastas. 🙂
Desde que a Nintendo lançou seu mais recente portátil, o 3DS, todo mundo só queria saber de uma coisa: quando sai o novo Pokémon?
Não chorem mais, jovens treinadores: chegou a hora de pegar todos de novo!
Ontem, dia 08/01/2013, foi anunciada a nova geração dos monstrinhos de bolso: Pokémon X & Y!
Pela primeira vez desde o início da série, os games principais não receberam o nome de cores (os últimos foram Black & White 1 e 2); claro, há também a possibilidade de serem nomes provisórios.
Também foram revelados os prováveis pokémons iniciais: Chespin (pokémon de grama), Fennekin (fogo) e Froakie (água).
Também foram mostrados os protagonistas dos games, um menino e uma menina. Os sprites pixelados deles mantém a identidade da série e contrastam com os cenários, que aparentemente foram muito bem transportados para o 3D.
Pokémon X & Z estão agendados para outubro. Fique com o trailer do anúncio: