Conversando com o Pablo Peixoto esses dias, ele me disse algo que me fez pensar: vivemos um mundo criado pelo BBB, um mundo do Reality Show.
Cada vez mais o público quer algo real na televisão, no cinema e nos quadrinhos e, por causa disso, personagens com profundidades, que sofrem, choram e tem dúvidas estão em alta, como o Homem de Ferro, Homem Aranha e o resto da turminha da Marvel.
Eu vejo um lado bom e ruim com isso. Lado bom é que teremos histórias mais com o pé no chão, como o Batman e Superman do Nolan, onde os personagens tem sentimentos e não são perfeitos. A parte ruim é justamente por causa do lado bom. Cade a imaginação? Cade a fantasia? Se colocarmos os Super-Heróis sofrendo igual a nós, que tipo de mundo será esse? Um mundo triste que você pode sair chorando do cinema ao ir assistir uma comédia.
Superman foi criado em 1938. Batman em 1939
Os nossos heróis precisam ser recriados. O mundo é outro. Veja o Homem de Aço, do Zack Snider, onde o Superman não é mais um Paladino e muito menos um Escoteiro. Esse tipo de mudança precisa ser feita para que o heróis fiquem atualizados com o mundo de hoje, pois eles correm o risco de morrerem e/ou perderem o interesse.
Precisamos entender isso, pois tanto o cinema, como os quadrinhos, não são ONGs e precisam ter lucros para que mais e mais coisas sejam não só criadas como mantidas.
O que você acha disso? Vivemos um mundo onde nossas fantasias estão ficando, como posso dizer, mais humanas? Isso é bom ou ruim?