Assisti o painel de Jessica Jones na CCXP 2015. Conheci o David Tennant, o vilão Kilgrave, em Doctor Who e para mim é o melhor Doctah de todos. Já a Kristen Ritter lembro dela apenas em Breaking Bad.
Jessica Jones é uma heroína da Marvel que tem super-força. Mas ouso em dizer que Jessica Jones – série produzida pela Netflix – é tudo menos uma série de super-herói.
E isso é excelente.
Kilgrave tem o poder de controlar qualquer pessoa. Se ele fala para você ir se ferrar, você irá se ferrar. Imagine então o que ele pode fazer com as mulheres.
Jessica Jones ficou meses sob influência do Kilgrave e foi abusada fisicamente e psicologicamente. O seu poder foi insuficiente contra o Kilgrave e a moça sofreu, mas conseguiu sair do controle do vilão. O que veremos na série é a força de vontade dela em caçá-lo para evitar que mais e mais mulheres sejam abusadas por ele.
Jessica Jones é uma bela série e absurdamente atual. Mulheres hoje estão mais e mais divulgando os abusos que sofrem, que vão desde o famoso fiu-fiu até mesmo estupros.
Catharina Doria, de 17 anos, foi chamada de gostosa por um homem muito mais velho, que ainda disse que queria leva-la para casa. Incomodada por esse assédio, ela criou um app – para iOS e Android – chamado SáiPraLá.
A ideia do app é que as mulheres relatem – de forma anônima – abusos que sofreram no caminho da escola, faculdade, emprego, etc e, assim, mapear os locais que as mulheres devem evitar.
Estamos em um momento onde buscamos a igualdade. O papel dos pais é educar os Padawans a não serem machistas. Muitos de nós fomos educados assim pois a sociedade era/é machista, mas agora precisamos parar com essa idiotice.
Eu não quero que o meu Padawan seja um Kilgrave. Eu quero que ele entenda que NÃO é NÃO e que respeite as pessoas! E quero também que a minha Youngling seja uma Jéssica Jones e que NUNCA tenha medo de sair de casa.