Semana passada fui em uma sessão especial de Meu Malvado Favorito 3 onde os pais poderiam levar seus Padawans. Adoro ir ao cinema quando está cheio de crianças. A razão é simples: crianças são verdadeiras.
Escolhi sentar perto de algumas para ver suas reações e escutar o que elas diziam. Quando começou Meu Malvado Favorito 3, elas vibravam. A cada cena do Gru ou dos Minions, o cinema ia abaixo. Sério, eu até me emocionava com a alegria e a satisfação dos Padawans ao verem o Gru, os Minions, a Margo, Edith e a Agnes.
Como uma animação pode ser tão poderosa assim?
Desde o primeiro Meu Malvado Favorito, em 2010, o foco da animação é a família. Gru, um cara mau e atrapalhado, se torna pai. Na continuação de 2013 ele encontra uma esposa e no terceiro que estreia dia 29 de junho ele encontra um irmão e a sua família se completa.
Esse é o poder de Meu Malvado Favorito. Ele conecta as crianças com algo familiar. Algo que eles tem em suas casas e vivem todos os dias: a união e o amor de uma família.
Em Meu Malvado Favorito 3 todos esses elementos estão lá e podemos ver em cada cena o cuidado que tiveram para que os laços entre os personagens sejam fortes e, assim, criar uma conexão com o público infantil. As crianças se enxergam nas cenas e isso é muito poderoso. Mas os roteiristas são maus e foram além. Ao colocarem uma camada dos anos 80 na animação, eles fisgam quem? Quem? Sim, os pais, pois em sua grande maioria viveram lá no longínquo anos 80.
Balthazar Bratt é o vilão clichê que todo filme merece. Quem quer ver um vilão com 1000 camadas em uma animação infantil? Amargurado por ter – olhem só – crescido rapidamente, se torna um vilão que transpira ícones dos anos 80, como cubo mágico, mullet, blaizer com ombreiras. Em sua cintura um walk-man onde toca músicas clássicas da Madonna, A-Ha, Michael Jackson.
Não existe a possibilidade de não esboçarmos um sorriso ao escutarmos Bad, Take On Me e o solo de Jump, do Van Halen. Até porque essas músicas não são jogadas na tela. Elas tem um contexto com as cenas que torna tudo muito divertido e poderoso.
Gru é um agente do bem agora, vimos essa transformação em Meu Malvado Favorito 2 e a sua meta é pegar o Baltazhar. Mas aí aparece o seu irmão gêmeo, o Du, que tem ideias diferentes para o Gru.
O que vemos então é uma aventura no estilo 007 e com algumas pitadas de Spy vs Spy, quadrinhos famosos dos anos 80 que eram publicados na revista MAD. Seus uniformes são uma referência clara à esse quadrinho.
Meu Malvado Favorito 3 tem um humor leve, gostoso, contagiante. E os Minions ajudam muito a manter o ritmo da animação, pois praticamente eles tem uma história paralela dentro da animação.
Como disse no começo do post, crianças são verdadeiras. Elas vão rir se acharem engraçado. Sem fingimentos e sem rabos preso. Tanto que teve um trailer – que é uma animação também – e juro que a platéia ficou em silêncio. Não escutei NENHUMA risada. Ou seja, se foi sem graça para as crianças é porque o negócio foi ruim mesmo.
Meu Malvado Favorito 3 é uma delícia de animação e foi 100% aprovada pelos Padawans. Os pais podem tirar vários ensinamentos ali (farei um outros post sobre isso) e promete ser a animação do ano. Levem seus Padawas que te garanto que vocês vão se divertir demais!
E confira abaixo o trailer de Meu Malvado Favorito 3 e boa diversão:
Meu Malvado Favorito 3 estreia dia 29 de junho.