Há algum tempo vi em um livro a seguinte frase (que é atribuída a Lobachevsky): “Não há ramo da Matemática, por mais abstrato que seja, que não possa um dia vir a ser aplicado aos fenômenos do mundo real“.
Estranhamente essa frase não saiu mais da minha cabeça. Não existe ramo tão abstrato que não possa ser aplicado ao mundo real, mas aqui entra não só a matemática. Nenhum conhecimento é desperdiçado.
Você vai do ônibus cheio para a terra média, mata alguns orcs, chega sua parada. Em uma outra ocasião percebe que aquele cara arrogante que te empurra uma maçã preço de ouro tinha uma certa genialidade para os negócios.
Até agora nunca li um livro que considerasse perda de tempo, mesmo que ele possuísse teorias malucas ou ideias estranhas. Essa aliás é uma das coisas mais interessantes da leitura, você lê algo que vai contra suas idéais e entra em conflito com você mesmo, entra em equilíbrio de novo e passa a perceber que existem razões para alguém acreditar naquilo.
Parta do principio que uma hora você precisará quebrar o gelo, então essas ideias de repente já não são tão malucas. Não acredita? Tente lembrar daquelas conversas que começaram falando de um jogo e terminaram falando de política ou viagens espaciais. Lembre também das vezes que precisou fazer uma redação, defender uma ideia, ora ela fica mais consistente com fatos relacionados do que sozinha.
Vamos aos pontos que considero cruciais para estimular a leitura:
- Você constrói sua própria versão da historia, acho que é até por isso a decepção de muitos que lêem um livros e vão assistir um filme baseado nele;
- Tua capacidade de argumentação, elaboração e compreensão de ideias complexas aumentam, tanto em quantidade quanto qualitativamente;
- A curiosidade e imaginação ficam mais aguçadas;
- O respeito pelas pessoas cresce,você passar a ir contra ideias e não mais pessoas;
Amigos, estimulem seus Padawans lerem, só se tem a ganhar.
E para vocês que não são muito acostumados a ler indico livros do Veríssimo, como o “Comédias para se ler na escola” (que já me rendeu a fama de estranho por rir sozinho).Para quem já tem um certo costume eu indico a biografia do Jobs, uma coletânea do Mario Quintana ou “O cortiço”.
Lembrando de refletir e questionar a respeito do que se lê, para não virar um mero repetidor de ideias alheias.