Minha filha, de 3 anos, tem um amigo chamado Ravi. De uma hora para a outra, ela e as amigas, começaram a chama-lo de Ravioli. Em um primeiro momento, achei engraçado! Até comentei com a minha esposa como a molecada tem o poder de criar apelidos.
Porém, horas depois, achei que deveria conversar com minha filha e explicar que isso não é certo. Existem vários tipos de bullying e permitindo um, que aparenta ser tão inofensivo, pode abrir um caminho para o Lado Sombrio da Força.
Efeito escalada que chama, né?
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Um pai do Texas foi preso por, supostamente, dar um tapa em um garoto de 12 anos que estava intimidando sua enteada. Ele foi acusado de agressão e feriu a cabeça do valentão. (via)
De acordo com registros da polícia, James Olander Peace, 37 anos, confrontou o valentão e seu amigo enquanto eles estavam voltando para casa da escola no dia 14 de fevereiro, enquanto sua enteada esperava no carro.
“Ele bateu [no menino] no lado esquerdo do rosto com a palma da mão direita aberta“, diz a queixa apresentada pela polícia de Deer Park. “E então o homem afirmou que se [o garoto] dissesse a qualquer outra pessoa o que aconteceu, ele também os espancará”.
Não apenas o incidente foi capturado em uma câmera de vigilância residencial próxima, mas também houve uma testemunha ocular, que disse à polícia que viu a pai “atingir o garoto e fez com que ele ficasse em estado de choque, sem chance de defesa”.
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A mãe de Presleigh, apesar de concordar que o marido foi longe demais, disse que a filha dela foi vítima do bullying. Ela explicou à TV local que o garoto havia chamado Presleigh de “travesti” e estava “jogando sorvete nela“.
Por mais vontade que eu teria de bater em um moleque que estivesse fazendo bullying com meus filhos, nunca iria partir para a agressão. E o que eu faria?
- Conversaria com meus filhos para que eles relatassem o ocorrido com os professores, diretores etc da escola. Em paralelo, iríamos também comunicar a escola sobre o ocorrido.
- Se não resolvesse, conversaríamos com os pais da criança. Se não surtir efeito, tomaríamos medidas legais.
- Reforçaria, sempre, que eles precisam se defender. Se por acaso alguém bata neles – não importa se é um menino ou uma menina – se defenda e não abaixe a cabeça.
Não queremos que nossos filhos e filhas sofram bullying, pois esse tipo de comportamento pode trazer consequências irreversíveis no futuro. Porém é um caminho mão dupla. Precisamos também conversar com os nossos filhos que praticar bullying é algo errado e que nunca iremos permitir que eles o pratiquem.
Minha filha parou de chamar o amigo de Ravioli. Ela entendeu que ele fica triste e que é errado chamar pessoas de apelidos que possam magoar. Como pai, fiz o que defendo.
PS.: Sem essa que bullying molda o caráter, ok? Se você acha isso, aconselho ajuda psicológico. De uma forma ou outra, você sofre as consequências. de sofrer ou praticar bullying.
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