Depois de ler alguns amigos e amigas falando da série Ordem na Casa, com a japonesa Marie Kondo, resolvemos assistí-la para criarmos coragem e arrumar a bagunça do armário que fica embaixo da escada.
Porém algo me incomodou na série.
Percebi um padrão obscuro nas casas que a guru da arrumação Marie Kondo vai: mulheres e mães cansadas de uma rotina entre cuidar da casa e dos Padawans, onde os maridos não dividiam as atividades da casa.
Como sempre falo em minhas redes, os pais – e também os homens que não tem filhos – não devem ajudar suas esposas/companheiras em nada! Quem ajuda é uma pessoa que dá um suporte provisório a uma outra pessoa. Não existe dessa do homem ajudar a mulher. Fazemos parte da da família e o nosso DEVER é de estar presente e PARTICIPAR de tudo.
Em Ordem na Casa com Marie Kondo o que mais vi foram mães/mulheres exaustas, culpadas e solitárias, esmagadas pelo peso da carga mental que uma família promove. Para piorar, muitas ainda se sentem culpadas!
Não curti a série por esses motivos acima. É uma perpetuação que a mulher tem de ser organizada e responsável pela casa. O que a Marie Kondo faz é apenas ajudar as mulheres e mães sofrerem um pouco menos, já que a porcaria dos homens da casa não prestam para nada e ainda dão a impressão que estão fazendo um baita favor.
Perceba que os caras só colocaram a mão na massa quando alguém de fora chegou. Já passou da hora disso mudar, não?
Ordem na Casa com Marie Kondo está disponível na Netflix.