O ser humano é aquele ser que gosta de atalhos. Até entendo que o tempo é uma das coisas mais valiosas que existe e tal. Se algo dá resultado em 20 dias, por que irei fazer de uma outra forma que leva 3 meses?
Com dieta é justamente assim. As pessoas pensam em perder peso rapidinho apelam para atalhos com nomes bonitinhos. Dukan, Paleolítica, Low Carb, Low Fat, DASH, Mediterrânea, Atkins, South Beach são algumas dietas que a turma adora fazer. Postam fotos nas redes sociais de balanças mostrando como perderam peso ao usarem uma ou outra dieta, enaltecem a velocidade que emagreceram e por aí vai.
Porém, como os atalhos, dietas são perigosas. Você muitas vezes quer perder peso rápido (e consegue), mas ao parar de fazê-las (e acredite, você vai parar) seu peso original volta rapidamente. E quem sofre com isso é sua saúde.
Já tem estudos mostrando que viveremos menos que nossos pais (via). A razão é que desaprendemos a comer. E some a isso as dietas milagrosas, temos uma geração que mesmo sendo privilegiada pela medicina irá morrer cedo…
Mas o que um blog nerd e paterno está falando de dietas? A razão Pequenos Gafanhotos é que tenho um filho e uma filha. Educa-los para fugir de dietas é o meu dever, até porque elas podem causar transtornos alimentares sérios e as mulheres são as mais afetadas.
Já convivo com filhas de amigos, de 13, 14 anos, que se preocupam com o peso e entram em dieta. O termo MIAR, infelizmente, já entrou em meu vocabulário, bem como a bulimia e anorexia. Esses transtornos alimentares matam e começam inúmeras vezes pelo fracasso de apelar para o atalho da dieta.
Nos Estados Unidos, já temos dados estatísticos sobre transtornos alimentares :
- 1 a cada 5 mulheres sofre com transtornos alimentares ou comportamento alimentar disfuncional;
- 90% das pessoas que sofrem com transtornos alimentares são mulheres entre 12 e 25 anos;
- 51% das garotas entre 9 e 10 anos se sentem melhor consigo mesmas quando estão “de dieta”
- 20% das pessoas que sofrem com anorexia morrem prematuramente de complicações relacionadas a seu transtorno.
Triste, não? Mas como podemos resolver isso? Não incentivar atalhos.
Alimentos ultraprocessados ajudaram a acabar com a fome em todo o mundo. Eles não estragavam rápido, podiam ficar fora da refrigeração e, assim, se tornaram uma beleza em questão de logística. Porém precisamos dar uma passo para trás. Hoje, mais pessoas morrem por obesidade do que de fome no mundo (via). E esse tipo de comida, somado ao sedentarismo, é a causa.
Não devemos tolerar dentro de casa refrigerantes, sucos de frutas industrializados, alimentos ultraprocessados, macarrão instantâneo, temperos artificiais etc. Precisamos cortar TUDO que venha dentro de caixinhas e saquinhos e oferecer alimentos naturais: Arroz, feijão, salada, carne, ovos, sucos naturais. Exatamente que nossos pais e avós comiam.
Ao nos alimentamos com comida de verdade, junto com nossos filhos, eles vão nos espelhar. Eles vão aprender a forma correta de se alimentar e aí dietas e transtornos alimentares ficarão de fora de suas vidas. E da mesma forma, se eles convivem com pais em dieta, irão se espelhar também nesse comportamento.
Não se esqueça: Somos os espelhos para os nossos filhos! Para o bem ou para o mal, eles irão ser os nossos reflexos. Então devemos mudar nosso estilo vida para que possamos influenciar na vida de nossos filhos.
A Beatriz Klimeck é uma amiga que é Cientista Social e estuda transtornos alimentares, comportamento alimentar e dietas desde 2015. Ela tem um canal que é importante demais para os pais terem informações sobre como nossas atitudes influenciam na vida dos nossos Padawans. Desde a forma que comemos até o “Nossa filha, você está um pouco gordinha” é prejudicial, demais, para nossos filhos.
Segue abaixo um vídeo do canal da Beatriz Klimeck e vamos mudar nossos hábitos, ok?
Cabe aqui uma observação: Claro que em festas, restaurantes, comemorações vale tudo! O que vai formar o seu filho é o PADRÃO e não a EXCEÇÃO.
E, lembre-se, SEMPRE PROCURE UM MÉDICO.
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