Já postei várias vezes sobre os antivacinas. Para quem não sabe, existem vários pais e mães que preferem não vacinar seus filhos. Essas pessoas se apegam a crenças e ignoram as montanhas de evidências sobre a importância da vacinação.

Existe uma coisa chamada imunidade Coletiva. Há dentro dos programas de vacinação o que se costuma chamar de imunidade de rebanho. A ideia é que quando você vacina, no mínimo, 95% das crianças de uma comunidade, todas ficam protegidas. Nesses 5% restantes estariam aquelas que por algum motivo não podem tomar vacina, crianças com câncer, aids, com insuficiência renal ou com outras doenças crônicas que comprometem o sistema imunológico.

No momento que se quebra um ciclo de vacinas a imunidade coletiva quebra junto e algumas doenças começam a voltar. Em 2015 teve um surto de sarampo nos EUA que se iniciou na Disney (via). Agora estamos tendo surto de cachumba no Brasil (via).

No caso dos antivacinas, não é uma questão de escolha pessoal. É um caso de saúde pública que interfere toda a comunidade.

SOLUÇÃO

Em Lower Hudson Valley, no estado de Nova York, as autoridades do Condado de Rockland lidaram recentemente com um surto de sarampo*. Qual foi a solução? Determinaram que as crianças que não foram vacinas ficassem longe da escola até 3 de novembro de 2018. Fizeram isso para manter seguras as crianças não vacinadas, mas também gerou uma profunda inconveniência para os pais de crianças não vacinadas que agora precisam encontrar duas semanas de creche e compensar o tempo perdido na aula.

Justo. Se a pessoa toma uma decisão de não vacinar seu Padawan por não acreditar nas vacinas, que criem inconveniência para ela. Oras, se ela é responsável por criar tanta inconveniência, que ela também possa ser incomodada por causa disso!

É por isso que a política do Condado de Rockland de manter as crianças fora da escola durante os surtos é particularmente importante. Não só trabalha para manter seguras as crianças não vacinadas, mas também assegura que os pais estejam muito conscientes de que suas decisões têm consequências. Nesse caso, essas consequências são o fardo financeiro de semanas de cuidados infantis e o conhecimento de que seus filhos estão faltando às aulas. Para aqueles que acham que essas conseqüências são muito severas, eles simplesmente precisam pesá-las contra, bem, uma criança que está morrendo de sarampo.

Isso é o que você chama de perspectiva.

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