Eis que finalmente Loki Laufeyson toma o poder de Asgard e agora é seu novo soberano. Esta é a premissa da minissérie homônima reunida no encadernado Loki por Robert Rodi (roteiro) e Esad Ribic (arte).
A trama não mostra o que o Deus da trapaça fez para conseguir o seu prêmio mais desejado, e inicia-se com Loki já sendo o novo líder de Asgard e tendo como seus prisioneiros os três guerreiros, Balder, Odin e, principalmente, Thor, o que dá um tom de mistério à ela e já mostra que será contada pela ótica de Loki.
E a história pela ótica de Loki é um dos pontos fortes da obra, que permite mostrar mais do seu interior e motivações. Além disso ela é entrecortada de flashbacks de situações que envolvem o novo soberano de Asgard com seus cativos.
Outro ponto forte é o enraizamento da trama nas tradições e lendas nórdicas, sendo várias de suas partes discussões acerca de fatos da mitologia nórdica ou mesmo seu “acontecimento” propriamente dito.
Por fim, é indispensável falar sobre a arte de Robert Rodi que deleita os olhos, mostrando versões verossímeis dos personagens e cenários. Seu Loki, quando visto de perto tem o rosto enrugado e dentes podres, como se emanasse veneno e maldade.
Uma boa obra para quem gosta ou quer conhecer melhor o personagem e, também, para quem parou de ler quadrinhos há algum tempo e quer ler algo recente, já que a minissérie não está relacionada a nenhuma cronologia específica.