Semana passada um outdoor para promover o filme X-Men: Apocalipse criou certa polêmica. O bad guy do filme estava enforcando uma das personagens e muitas pessoas acharam um absurdo. Defendiam que esse tipo de divulgação incentiva os homens a agredirem as mulheres.
Será mesmo?
Um dos argumentos que eu li é que se um Padawan passasse pela rua e visse esse outdoor, iria formar a ideia que bater em mulher é legal. O Apocalipse – um vilão cruel que quer destruir a humanidade – estava enforcando uma mutante azul, a Mística. Será que ele estava fazendo isso por que ela era mulher ou simplesmente por ser uma rival?
Vale lembrança que no filme o Apocalipse bate em tudo e em todos.
Ontem vi um comentário de uma feminista no Facebook – compartilhado por uma amiga que atua nessa causa e a considero o muito – que me fez pensar:
A desinformação é uma ferramenta forte e está sendo usada por todos os lados. Ao problematizar algo que não precisa de problematização, é uma forma de desmoralizar uma causa.
As pessoas nem sabem diferenciar entre feminismo, femismo, misandria e misoginia. Ao “problematizarem” um pôster de um filme de ficção irá fazer com que todos taxem um movimento legítimo e necessário como #mimimi.
Aí, Jovens Padawan, todos acabam perdendo com isso. Como disse o psicólogo social Gustave Le Bon:
“O que há de mais singular numa massa psicológica é o seguinte: quaisquer que sejam os indivíduos que a compõem, por mais semelhantes ou dessemelhantes que sejam seus modos de vida, suas ocupações, seu caráter ou sua inteligência, a mera circunstância de sua transformação numa massa lhes confere uma alma coletiva, graças à qual sentem, pensam e agem de modo inteiramente diferente do que cada um deles sentiria, pensaria e agiria isoladamente”
Ou seja, você vira massa de manobra. E como todos sabem, a massa é acéfala. Vamos ser mais inteligentes?