Vi no Facebook do Renato Kaufmann essa reportagem e resolvi compartilhar com todos, pois vale uma bela reflexão. (Pelo amor à Odin, leia todo o post, ok?)

Quinze dias atrás ninguém tinha a menor noção da existência uma doença chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Por causa da campanha Ice Bucket Challenge ela ficou conhecida em todo mundo e milhões de dólares foram doados para pesquisas e para ajudar pessoas com essa doença pesquisas.

Longe de mim criticar esse tipo de ação, pois achei muito válida. Mesmo se a pessoa não doou, ela participou na divulgação da ELA. Enfim.

Pois bem, mas será que investimos tão bem o dinheiro em pesquisas de doenças? Esse gráfico abaixo mostra, de uma lado, os valores de doações para pesquisas e, do outro, o número de mortes de uma certa doença.

Será que sabemos fazer doações

Em 2011 a ELA matou 6.849 pessoas e arrecadou U$22.9 milhões. Do outro lado a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) arrecadou U$ 7 milhões e matou 142.942 pessoas em 2011.

Na postagem original do Renato, uma pessoa fez o seguinte comentário:

“Decisões difíceis quando olhadas sob principios éticos. Algumas dessas campanhas nem tem como converter os fundos em resultados. Vai pela simpatia e comoção do momento.”

As pessoas que tem ELA merecem ser cuidadas e, claro, pesquisas devem ser mantidas e incentivadas para que essa doença tenha um tratamento eficaz no futuro. Porém e outras doenças, como a diabetes, que arrecadou U$ 4.2 milhões apenas e teve mais de 73.000 mortes em 2011 também não merecem?

A impressão que me deu é que falaram: “Diabetes já teve seu momento e ninguém mais liga para ela! Vamos pegar uma doença desconhecida que terá um apelo emocional maior, pois assim o sucesso é garantido“.

Se olharmos para os princípios éticos, a ELA não merecia receber tanto dinheiro assim, pois ela é responsável por poucas mortes. Duro, não?

E aí, o que você acha disso?