A convite do RestauranteWeb (o maior portal de delivery pela internet, com mais de 1000 opções para delivery em SP) o Ronaldo Gogoni foi cobrir para o NerdPai.com o Short Stories Live. Confira como foi esse evento.
Jorge Freire
Sabadão, 7 de setembro, feriado, dia de churrasco, praia, cerveja com os amigos… mas no meu caso e de muitos outros era dia também do Short Stories Live, primeiro evento organizado pela F451, empresa de veículos de mídia responsável pelos sites Gizmodo e Kotaku Brasil.
A ideia era trazer diversos profissionais de mídia para contar suas histórias de empreendedorismo, suas boas ideias e casos de fracasso, e como cada um deles aprendeu a tirar alguma coisa de suas experiências.
Dentre as diversas histórias apresentadas no evento, destaco aquelas que mais chamaram a minha atenção: a de Tallis Gomes, CEO da Easy Taxi, Saulo Camarotti e Guilherme Mazzaro da Behold Studios, Diego Reeberg, fundador do Catarse e Edson Pavoni, da D3.DO.
Tallis Gomes foi o segundo a se apresentar. Ele ressaltou que não basta ter uma ideia, é preciso fazê-la acontecer, e para isso você vai ter que ralar, e mais: é preciso timing. Tallis conta que caso tivesse lançado o Easy Taxi anos anes, ele não teria deslanchado. A própria ideia do app veio de uma forma inusitada: ele e sua equipe descobriram que o Google estava fazendo o mesmo que eles – um app de geolocalização de transporte público. Eles precisavam mudar o escopo do app e rápido – eles estavam participando da Startup Week. Ao voltar para casa, ele passou por um transtorno dos diabos ao tentar chamar um táxi, e teve o insight: e se meu app formasse uma rede para localizar o carro mais próximo?
Pensado inicialmente para funcionar aliado Às corporativas, Tallis percebeu depois que não precisava delas, fechando diretamente com o taxista. Hoje o app é um dos mais utilizados no Brasil, presente em diversos países e em plano de expansão para a África, visando a Copa do Mundo. O negócio deu tão certo que Tallis é persona non grata entre as cooperativas, que querem (literalmente) a sua cabeça!
A palestra de Saulo Camarotti e Guilherme Mazzaro da Behold Studios foi bem humorada e inusitada: como podem notar pela foto, a energia falhou na hora! A dupla veio contar sua história de como o dinheiro ajuda, mas não é fator determinante: após lançarem jogos móbile sem muito sucesso, eles venderam seus equipamentos, largaram seus empregos (passando a se sustentar com bicos), pegaram seus notebooks e foram desenvolver numa livraria de um shopping de Brasília: ela foi o “escritório” onde Knights of Pen & Paper foi criado, um divertido jogo de RPG de mesa virtual (é, você entendeu certo) que mesmo não tendo sido divulgado foi um verdadeiro estouro, ganhando uma grande quantidade de prêmios. E mais importante: eles criam games que eles gostariam de jogar, assim como o próximo lançamento, Chroma Squad.
Diego Reeberg reforçou a ideia de que ter uma ideia e ter dinheiro não é tudo, se a pessoa não souber vender seu peixe: fundador do Catarse, site de crowfunding nos mesmos moldes do Kickstarter, ele diz que diferente do primo estrangeiro, apenas uma minoria dos projetos são games, sendo uma grande quantidade de música e quadrinhos. Além disso os números são bem inferiores: são 660 projetos financiados contra 48 mil do Kickstarter.
Entretanto o foco é o mesmo: num caso de crowdfunding, o mais importante é a apresentação da ideia. Não adianta uma parede de texto bem explicadinha que ninguém vai ler. Um texto curto, simples e direto ou um vídeo muito bem produzido são essenciais, destacando o projeto Pimp My Carroça, que tira um sarro dos programas similares americanos (e de um certo brasileiro narigudo) mas com uma preocupação social:
Por fim Edson Pavoni da D3.DO subiu ao palco para dizer que não basta ter o “eureka”, para ele, “o melhor jeito de prever o futuro é criá-lo”. Tendo isso em mente, ele e um amigo de colégio fundaram a empresa após se formarem, e eles não possuem qualquer tipo de amarras, eles trabalham de forma não convencional (eles não conhecem outra forma anyway), o que lhes permite ter ideia insanas de diversas aplicações como o Spider Plotter, um robô que desenhava um “+1” toda vez que alguém presente no evento Google Creative Sandbox 2012 fizesse um check-in, interagisse com um totem ou pegasse uma bebida; o robô era constituído de motores de passo e polias, e era suspenso por fios de nylon. O controlador sem fios foi desenvolvido para o evento e não usa qualquer tipo de protocolo convencional.
Isso é apenas uma pincelada de tudo o que rolou. Para mais informações acesse o site do evento, que traz um resumo completo.