A APAE de São Paulo, em 1976, trouxe ao Brasil um exame chamado Screening Neonatal, o famoso Teste do Pezinho e que acabou se tornando obrigatório no Brasil.
Nesse exame é coletado sangue do calcanhar dos Padawans recém-nascidos e detecta 10 tipos patologias:
- Fenilcetonúria;
- Hipotireoidismo Congênito;
- Anemia Falciforme (e demais Hemoglobinopatias);
- Fibrose Cística;
- Deficiência de Biotinidase;
- Hiperplasia Adrenal Congênita;
- Deficiência de G-6-PD;
- Galactosemia;
- Leucinose;
- Toxoplasmose Congênita.
O Teste do Pezinho é um exame rápido de prevenção que tem com a finalidade impedir o desenvolvimento de doenças que, se não tratadas, podem levar à Deficiência Intelectual e causar outros prejuízos à qualidade de vida dos Padawans.
Quando chegamos na maternidade para o nascimento da Youngling – e isso ocorreu também quando o Padawan nasceu – nos ofereceram um Teste do Pezinho Super.
Esse teste – que custou R$ 298,13 em novembro de 2015 – inclui mais 38 diagnósticos de aminoacidopatias, defeitos do metabolismo dos ácidos graxos e das acidemias orgânicas.
Muitos defendem que esse teste mais amplo é indicado apenas se tem algum caso de histórico familiar e/ou o Padawan foi contaminado ao nascer.
Pois bem, a Youngling e o Padawan fizeram esse Super. Que eu SAIBA não temos históricos familiares e ambos não foram contaminados. Porém a carga genética que carregamos pode ser um pouco ingrata. Quem me garante que meu avó não teve uma dessas doenças e nem foi diagnosticada? Muito das aminoacidopatias são herdadas de modo autossômico recessivo*.
Mas Pequenos Gafanhotos, a decisão é de vocês. O Teste do Pezinho básico é fundamental e o Super é um complemento.
Preferimos fazer pois acredito que para certas coisas o excesso de zelo não faz mal. E vocês, o que acham?
Tire as principais dúvidas sobre teste do pezinho
A coleta de uma pequena amostra de sangue do calcanhar do bebê é o suficiente para identificar a probabilidade do surgimento de algumas doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas que causam danos à saúde e sequelas por toda a vida. Mas você sabe como funciona esse exame popularmente chamado de “teste do pezinho” e que é obrigatório no país? A pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Ana Paula Sakamoto, tira algumas dúvidas sobre o procedimento.
1. Qual a importância de realizar o teste?
O teste do pezinho, ou triagem neonatal, de acordo com a pediatra, é capaz de identificar recém-nascidos com alta probabilidade de apresentar algumas doenças metabólicas, genéticas ou infecciosas que podem causar problemas à saúde.
A médica lembra que o teste por si só não faz o diagnóstico, pois a maioria dos bebês não manifesta nenhum sinal ou sintoma nos primeiros dias de vida. Por isso, quando o resultado dá positivo é preciso realizar exames específicos, para então, confirmar o diagnóstico.
2. Quando deve ser feito o teste?
O ideal é que o teste seja coletado 48 horas após o nascimento do bebê, de preferência entre o terceiro e o quinto dia de vida. Este período, segundo a especialista, deve ser respeitado para aumentar o raio de identificação de doenças, já que nas primeiras horas de vida algumas enfermidades não são detectadas.
Assim como realizar o procedimento antes do tempo sugerido não é aconselhável, coletar depois deste período também. Ana Paula ressalta que isso pode atrasar as intervenções e o tratamento específico caso seja detectado algum problema.
3. A amamentação pode interferir no resultado?
Sim. De acordo com a especialista, é importante que a coleta seja feita após 48 horas de amamentação, pois a análise pode sofrer influência das alterações hormonais e metabólicas que naturalmente ocorrem com a transição da vida fetal para a vida pós-natal.
No caso da fenilcetonúria, doença que pode ser identificada no teste, é necessário que o bebê tenha recebido alimentação proteica, ou seja, leite materno ou fórmula láctea, por no mínimo 24 horas antes da coleta.
4. Por que o sangue é retirado do calcanhar?
A escolha por retirar as gotas do calcanhar é feita por ser uma região rica em vasos sanguíneos, tornando a intervenção menos dolorosa ao bebê.
5. Há diferentes testes de pezinho? Qual a diferença entre eles?
Atualmente existem quatro tipos de exames, e a escolha, como lembra Ana Paula, deve ser ponderada entre os pais e a equipe médica.
– Teste Básico: obrigatório por lei em todo país e disponível na rede pública. Neste tipo, são testadas as doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo congênito, Fibrose Cística, Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias, Hiperplasia Adrenal congênita e Deficiência de Biotinidase.
– Teste Ampliado ou MAIS: Neste procedimento está incluso o teste de todas as doenças do Básico, mais Deficiência de G6PD, Galactosemia, Leucinose, Toxoplasmose congênita.
– Teste Expandido ou SUPER: Compõe a triagem de 48 doenças – 10 doenças triadas no teste Ampliado mais 38 outras doenças.
– Teste para imunodeficiências congênitas (SCID e AGAMA): Detecta um grupo de doenças genéticas graves que se caracterizam pela não produção de células de defesa T e/ou B, nem de anticorpos protetores.