O Silmar Geremia tem uma Padawan, a Maria, e ele vai reformar um SNES antigo dele para dar de presente para ela. E o mais bacana é que ele vai documentar todo o processo e postá-lo aqui no blog. Vamos acompanhar?
Nerd Pai
A Wikipédia define Retrogaming como […] um movimento relacionado com o colecionar ou jogar, videogames do passado, normalmente derivados de sistemas antigos, tanto de computadores e consolas, como de máquinas de arcade.
Eu prefiro a definição do Ralph no final da animação bacaninha Detona Ralph (2012), “Loucura! Os jogadores dizem que somos Retrô. Que… acho que é: Velho, mas legal.”
Eu sempre me considerei um desajustado no mundo dos games. Nunca consegui acompanhar o hype dos novos consoles e apesar de ter ambos um Wii e um Xbox 360 em casa, nenhum dos títulos bacanudos arrasa quarteirão (olha eu entregando a idade) consegue me manter por mais de vinte minutos jogando. Por mais que eu me esforce, sempre me parece que estou assistindo a mais Quick Time Events do que jogando de verdade. Com exceção de algumas ótimas e divertidíssimas exceções, estes dois consoles foram usados na maior parte do tempo para: a esposa jogar Just Dance no Wii e o Xbox, coitado, só é ligado pra ser usado como media center.
O SNES foi lançado pela Nintendo em 1990 no Japão
Mas isso sou eu, um velho de trinta e seis anos que não conseguiu se adaptar a essas modernidades. Ou não? Sabem, eu tenho uma filha com seis anos em casa e ela me intriga. Por mais que aparelhos modernos estejam espalhados pela casa toda, de tablets a smartphones cheios de jogos, consoles no quarto e na sala disponíveis ao alcance da mão, adivinhem onde a pequena passa os momentos mais divertidos e introspectivos dela? No PC do escritório, jogando Super Nintendo no emulador. “Filha, por que você não vai pra sala usar os videogames de lá?”, as respostas variam de “não consigo segurar o controle” até “aqui é mais divertido”.
Então esse blá blá blá todo é pra dizer que sim, a Maria vai ganhar um Super Nintendo. E vai ser “the real thing”. Nada de emuladores, consoles ou jogos piratas ou coisas que o valham. Terá algum custo, nada muito longe do que se paga em um console moderno e provavelmente muito trabalho para restaurar tudo de volta ao estado de “quase” novo, mas valerá a pena.
Principalmente por que eu pretendo documentar todo o processo de escolha e restauração. Também quero envolvê-la no processo, tentar fazer com que entenda o que está se passando, a importância de preservar a memória das coisas antigas, ensinar por que é legal colecionar, dividir isso com as pessoas que se gosta, compartilhar a diversão. Como ela vai reagir quando os amigos chamarem os gráficos de toscos, ou resolverem ligar seus Playstation 4 pra comparar? Pois eu também vou descobrir da melhor forma possível, vivendo.