Como o videogame impacta a vida de uma criança? É esse o texto de um parceiro aqui do blog, @zesj.

Nerd Pai

Meu pai sempre foi e ainda é muito conservador com tecnologia. Nunca tive os melhores videogames pois ele achava que era gastar dinheiro com besteira, mas mesmo assim, em 1990, ele me deu de presente o videogame da CCE SuperGame, que era compatível com os cartuchos da Atari.

CCE SuperGame

É impossível não lembrar do cheiro de queimado que emanava desta brilhante máquina. Anos depois na faculdade de engenharia descobri do que se tratava: transistores fervendo!

Me lembro claramente do meu raciocínio na época: não vou desligar isso nunca mais. Porém meus pais limitavam meu horário de jogo a 1 hora por dia com acompanhante. Sem traumas… mas era a hora mais esperada do dia!

Junto com o videogame, ganhei PAC MAN , que sozinho garantiu a diversão de todos lá em casa. Confesso que apanhava muito da idéia de ter que fugir dos fantasmas e não era muito desenvolto, mas ainda assim permanecia hipnotizado olhando para o emaranhado de pixels fazendo chomp chomp chomp.

Depois disso – ao longo do ano – 1 vez por mês meu pai me levava à loja de eletrônica da cidade (sim, essas coisas eram vendidas em lojas de eletrônica) e comprava um jogo novo. Juntaram-se muitos titulos: Enduro, Pitfall, Seaquest, Space Invaders, River Raid e outros que só consigo me lembrar como “aquele das aranhas na parede”, ou das “plaquinhas de gelo”. Todos eles fizeram parte do inicio da minha vida gamer, mas o primeiro mesmo foi PAC MAN. Acredito que por este motivo este game foi o primeiro que virou pingentes na Sempre Joias.

pacman pingente prata e ouro

 

Foi aí que entendi que mais do que uma mistura de pixels e chomps, aquele game tinha feito parte da minha historia e de muitas crianças que viveram essa experiência fantástica!

José Alberto Califani Merino@zesj