Todo santo dia pipoca alguém comentando que o Pokemon Go é coisa de uma geração débil. Sim, chegam a usar esse adjetivo e alguns até piores.
Quando um amigo meu reclamou do jogo – e olha que nem no Brasil ainda foi lançado – eu fiz esse comentário:
“Um caráter muito inferior que estava varrendo a nação, roubando a mente de tempo valioso que poderia ser dedicado a tarefas mais nobres…”
Claro que na hora ele concordou e reafirmou que achava ridículo essa febre por um jogo que parece feito para pessoas retardadas e que não tem nada mais para fazer.
Estalei os dedos, dei uma risadinha e respondi:
Na verdade, o que eu escrevi foi um texto publicado em de 1859 na revista Scientific American onde estavam criticando o xadrez. O que acontece nobre amigo, é que você sofre de juvenoia e pode ficar tranqüilo que isso é normal.
Não tive mais respostas desse amigo nos comentários da sua postagem…
Em 2011 o sociólogo David Finkelhor criou o termo JUVENOIA, que é um medo exagerado a respeito da influência da mudança social sobre crianças e jovens.
Sempre uma geração vai reclamar de algo que agrada a geração anterior. Foi assim com a valsa em 1816, Xadrez em 1859, Revistas em 1907, Cinema em 1926, Revistas em quadrinhos no anos 40 e 50, Atari nos anos 70, Locadora de vídeo nos anos 80, Pokemon Go em 2016.
A juvenoia é recorrente e Sócrates (470-399 A.C.) já sofria disso:
“Os jovens de hoje gostam do luxo. São mal comportados, desprezam a autoridade. Não têm respeito pelos mais velhos, se passam o tempo a falar em vez de trabalhar. Não se levantam quando um adulto chega. Contradizem os pais, apresentam-se em sociedade com enfeitos estranhos. Apressam-se a ir para a mesa e comem os acepipes, cruzam as pernas e tiranizam os seus mestres”
Jovens Padawans e Pequenos Gafanhotos, vocês podem ficar imunes à juvenoia. Para isso, basta manterem suas mentes jovens. Acredito que assim é a melhor forma de estamos sempre nos divertido e aprendendo coisas novas. Desde o xadrez até o Pokemon Go.