Estou gostando MUITO de Thirteen Reasons Why, a nova série da Netflix,  e a cada lado da fita sou destruído um pouco por dentro. Li algumas resenhas e algumas pessoas acharam uma série melosa/lenta/drama adolescente/yada yada yada.

Bem, como PAI de dois Padawans aprendo muito com a série, como devo educar meus filhos para que eles saibam lidar com o que Hannah passou e não serem NUNCA um dos 13 motivos que podem matar alguém.

A série mistura muito o presente com o passado. Porém os diretores da série usaram dois recursos – ambos visuais – para que os telespectadores não fiquem perdidos no espaço/tempo da série.

Band-Aid

Logo no primeiro episódio, Clay Jensen se esborracha no chão e racha a testa. Foi um belo de um corte e fizeram a questão de mostrar isso inclusive no 2º episódio, quando ele toma banho.

O curativo feito em sua testa é um dos recursos. Quando ele está com ele, é o presente e não ficamos perdidos.

Simples e eficaz. Tão simples que você faz essa associação sem pensar e consegue se situar dentro da série.

Luminosidade

Nos EUA  a palavra blues significa depressão, melancolia e a cor azul é vinculada a esses sentimentos. Os diretores de Thirteen Reasons Why estão usando isso para definir passado/presente.

Quando a Hannah está viva, aumentam a temperatura das cenas com uma tonalidade amarela, vermelha. Quando ela está morta, a temperatura muda para azul.

Perceba na imagem abaixo a tonalidade quente/frio/ É algo sutil, mas perceptível e dá para perceber essa mudança de cores nas cenas nos corredores da escola onde mesclam o passado/presente.

Esses detalhes por serem sutis tornam-se perfeitos. Os recursos cinematográficos são usados para que o nosso subconsciente processe uma informação que acaba refletindo DIRETAMENTE no que sentimos ao vermos filmes e séries.

Se você é pai ou mãe, assistam Thirteen Reasons Why. Para muitos é bem difícil, mas é um tema que precisamos discutir.

Confira minha resenha e bom seriado para você:

A Netflix e o suicídio | Thirteen Reasons Why