Ontem o Padawan estava brincando pelo condomínio com seus amigos e levou um baita de um tombo. Resultado? Os dois joelhos ralados lindamente.

(e olha que nem começaram as férias…)

Bem, ele não chegou a chorar. Apenas ficou manhoso vendo o sangue escorrendo dos seus joelhos. Peguei um gaze, limpei com água oxigenada e passei um anti-séptico. Nada mais é necessário para um machucado daquele porte.

Porém o Padawan queria mais! Para ele as tripas estavam saindo pelos seus joelhos e queria colocar band-aid, passar mais remédio, enfaixar, engessar, fazer tomografia, operar. Expliquei que aquele machucado era apenas um arranhão. Por mais que estive ardendo, ele já tinha sido medicado e logo logo iria sarar.

Ele saiu com aquela cara que não estava satisfeito.

Pois bem, deu 5 minutos ele voltou falando que ainda estava ardendo, eu não sabia fazer curativo yada, yada, yada. Tentei explicar novamente e ele não me deixava falar. Então radicalizei.

Guardo um álcool 96% aqui em casa. Já fiz post aqui que esse tipo de produto é um perigo e tal, mas guardo um para algum eventual emergência – como um ataque de zumbis. Peguei um papel higiênico, molhei com o álcool e coloquei nos joelhos do Padawan. O resultado?

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIII!

Certeza que a Estação Espacial captou o berro do Padawan.

Depois do berro, olhei para a cara dele e disse que se por acaso o joelho dele ardesse mais que agora, era porque o negócio podia ser sério. O moleque saiu e não reclamou mais do joelho. Na verdade, até esqueceu que o machucado existia.

Sou contra palmadas como forma de educação. Ao bater em uma criança, você prova que perdeu a linha e está errando em alguma coisa. Mas acredito que uma certa dor, como essa do álcool, é uma forma de educação.

O Padawan estava sentido um certo desconforto em seu joelho e mostrei  que era normal sentir aquilo e não tinha que se preocupar. Conversei, argumentei e nada. No momento que eu aumentei aquele desconforto, ele entendeu o recado.

O que eu fiz é mostrar na pele, literalmente, uma comparação de dores. Assim ele conseguiu assimilar que a dor que ele sentia anteriormente era normal e não precisava se preocupar.

E você, o que acha dessa técnica? Tem alguma dica para compartilhar?

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