Férias escolares chegando ao fim e tem muitos Padawans que estão indo pela primeira vez em suas vidas para a escola. Para os pais e mães, é um momento agridoce: ficamos felizes de ver os avanços dos nossos filhos e filhas, mas também dá uma tristeza danada em ver que eles estão crescendo.
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Já tem alguns anos que o Padawan usa apostilas na escola e elas são divididas por bimestres. Precisamos comprar umas 12 no 1º bimestre e mais umas 12 no 2º. No final do ano temos mais de 20 apostilas, todas preenchidas, desgastadas. Confesso que dá uma satisfação ao ver a produtividade no meu filho registradas nas apostilas.
O Padawan ao sair da escola esses dias estava com um sorriso amarelo no rosto. Ao entrar no carro, perguntei para ele como foi o dia, o que ele aprendeu e essas perguntas que sempre fazemos. Ele disse que os amiguinhos dele começaram a rir do caderno de caligrafia dele:
Americano tem uma manias meio estranhas. Tipo, tudo precisa ter uma cerimônia, festejo. Existe uma necessidade maluca que as passagens precisam ser valorizadas. Acredito que fazem isso para se vingarem dos filhos no futuro, só pode!
Já aprendi que o tempo é cruel. Você olha para o relógio às 09h00 e dez minutos depois ao olhar novamente já são 11h00. O que fizeram com o tempo entre as 9 e às 11? Quando eu não tinha o Padawan isso acabava não sendo problema, pois ninguém dependia de mim.
Agora tudo mudou…
↪ Continue lendo »Ontem, ao levar o lixo, dei de cara com isso:
Algum vizinho jogou vários desenhos do seu Padawan fora. Na hora fiquei pensando, como tiveram coragem em fazer isso? Eu NUNCA irei jogar fora nada que o Padawan fizer, pois é algo que quero ter para relembrar sempre.
Postei no Instagram e escrevi: Fui jogar o lixo fora e dei de cara com isso. Coragem de jogar os desenhos dos filhos fora 🙁
E meus seguidores começaram a comentar sobre a foto:
Respondi algumas delas dizendo que eles podem scannear, ou tirar fotos, e guardar no computador (sempre fazendo backup) e assim teriam a lembrança eternizada:
Verdade. Julguei o vizinho sem saber disso. Vai saber se ele não fez EXATAMENTE isso e depois jogou fora os desenhos? Prefiro acreditar nisso e pedir desculpas a ele…
Com esse episódio irei começar a fazer isso com os trabalhos do Padawan. Iremos guardar alguns e os outros scannear e guardar em um arquivo digital dele. Podemos até fazer um anuário e encadernar os melhores. Uma linda lembrança do passado, não é mesmo?
Foi aniversário da escolinha do Padawan. Teve bolo, suco e lembrancinhas para os alunos. E, claro, várias fotos. E a escolinha sempre manda fotos para os pais dos eventos e do dia-a-dia dos pequenos Padawans.
Essa foi do parabéns que cantaram para a escola! A pergunta: COMO esses professores conseguem colocar a criançada sentada? Mal consigo colocar UM, imagina essa quantidade?
E um DESAFIO: ONDE ESTA O PADAWAN?
Quando a Fá voltou a trabalhar, optamos em colocar o Padawan em uma escolinha próxima do trabalho dela. Acreditamos que é o melhor para ele por várias razões e prometo que farei outro post sobre isso.
Porém algo inusitado ocorreu.
Como trabalho em casa, fiquei totalmente perdido com a ausência do Padawan e da Fá. As interrupções constantes – que até me irrita algumas vezes – acabaram e comece a sentir um vazio. Me perguntava o que faria com aquele tempo todo disponível?
Juro que eu tinha momentos que achava que estava escutando o choro do Padawan no quarto ao lado.Será que fizemos a escolha correta?
Nos primeiros dias fiquei quieto e nem comentei nada com a Fá, pois ela estava sofrendo em deixar o Padawan na escola. Depois que comentei o que estava sentindo, ela me deu um abraço e me disse:
– Fica assim não. Eu sei o que você está sentindo e nos três, à noite, matamos a saudade.
A abracei, mas aquela sensação de vazio ainda estava em meu peito.
Aprendi que esse tipo de sensação não acaba de uma hora para outra. Precisei de tempo para me acostumar com a ausência deles. O tempo, como sempre, foi o melhor remédio. Clichê? Sim. Mas é isso. Não existe nada mágico que possa se fazer. Precisamos ter paciência e aproveitar o máximo do tempo que nos temos juntos à noite para aguentarmos o dia seguinte.